Via Sacra de Roma dá voz a vítimas de violência e narcotráfico na América Latina
A violência das guerrilhas e o narcotráfico que atinge a América Latina centram duas das 14 meditações que o Papa Francisco dedicou à Via Sacra que se celebra hoje em Roma, sem a presença do pontífice.
Francisco, que seguirá a cerimónia desta noite a partir da sua residência no Vaticano, uma vez que ainda recupera de uma bronquite, quis que este ano as 14 estações da Via Sacra descrevam aquilo que ele designa como "Terceira Guerra Mundial em pedaços", fazendo uma revisão dos dramas do mundo.
A oração completa terá lugar esta noite, a partir das 21:00 (hora de Lisboa) no Coliseu de Roma.
Cada estação da Via Sacra envolverá vítimas de algumas tragédias humanitárias, como a migração forçada na África, a guerra na Ucrânia e os conflitos religiosos no Médio Oriente.
No que diz respeito à América Latina intervirá um jovem da América Central (terceira estação), sobre os problemas no narcotráfico, e uma mãe sul-americana, que dará o seu testemunho, na quarta paragem, sobre as guerrilhas que assolam aquela região.
A Via Sacra desta noite vai também juntar um jovem ucraniano e outro russo numa oração conjunta, algo que já foi criticado pelo embaixador ucraniano junto da Santa Sé.
A oração conjunta deverá ter lugar na 10.ª estação deste circuito, quando Jesus é despojado das suas vestes.
O título da meditação desta estação é "vozes de paz de jovens da Ucrânia e da Rússia", segundo fontes citadas pela ANSA.
Entretanto, fonte oficial do Vaticano informou esta tarde que o Papa Francisco não irá participar na Via Sacra e que acompanhará as cerimónias a partir da sua residência, devido ao "frio intenso".
O sumo pontífice, de 86 anos, recebeu alta hospitalar no sábado, após três dias de internamento devido a uma bronquite.