Madeira

D. Nuno Brás exorta população à oração

“Deixa que Jesus te ensine a rezar”

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Bispo do Funchal aponta que "a oração é o modo como Jesus viveu: sempre unido ao Pai"

Nesta Sexta-feira Santa, dia de penitência, abstinência e jejum, o Bispo do Funchal exorta os cristãos à oração.

Na homilia da cerimónia de Celebração da Paixão do Senhor, que decorre esta tarde na Sé do Funchal, D. Nuno Brás convida os fiéis a entregar tudo "nas mãos do Pai" e a confiar na sua vontade.

A nossa oração [deve ser uma] atitude de completa abertura à vontade de Deus, mais que a procura de que Deus realize os nossos desejos e caprichos. Rezamos para ter disponibilidade total para Deus na nossa vida. Bispo do Funchal, D. Nuno Brás

O prelado dá o exemplo da oração de Jesus Cristo que é, "em primeiro lugar, disponibilidade total para a vontade do Pai" e que significa uma atitude de total confiança, apontando que Jesus reza com a Escritura e dá voz àqueles que não sabem rezar: "A palavra que Deus nos oferece como alimento, como resposta, e onde podemos encontrar tudo quanto havemos de dizer ao Pai".

A nossa oração, longe de ser apenas qualquer coisa que nos diga respeito, é também a voz daqueles que não sabem rezar; é o grito de quantos se vêem abandonados; é a palavra daqueles que pensam ter sido esquecidos até pelo próprio Deus. Bispo do Funchal, D. Nuno Brás

Nesta Sexta-Feira Santa, o Bispo do Funchal responde à questão primordial desta Semana Santa: "Que havemos de fazer com Jesus? Aprende com Ele a rezar ao Pai!"

De Jesus que reza ao Pai na cruz, percebemos e pedimos que a nossa oração seja a sua oração: que, ao rezarmos, como diz S. Paulo, tenhamos em nós os mesmos sentimentos do Senhor (Filp 2,5). Não queremos outra oração: o que pedimos, o que agradecemos, o que partilhamos com o Pai seja coincidente com o que Jesus pede, agradece, partilha. Queremos que a nossa oração seja a oração de Jesus em nós. Cristãos que somos, queremos, no meio deste mundo, ser o espaço que Jesus encontra para poder continuar a rezar: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?”; “Pai, em vossas mãos entrego o meu Espírito”; “Tudo está consumado!”. Bispo do Funchal, D. Nuno Brás

Leia na íntegra a reflexão de D. Nuno Brás na celebração da Paixão do Senhor de hoje