SESARAM assinala o 25.º aniversário da analgesia do trabalho de parto
Recurso é utilizado em 80% dos partos realizados no serviço público de saúde da Madeira
O Serviço Regional de Saúde assinalou a 31 de Março o 25.º aniversário da Analgesia do Trabalho de Parto (ATP), que garante a presença de um profissional anestesiologista na equipa multidisciplinar da Sala de Partos.
A taxa de ATP no SESARAM é superior a 80%, "constituindo um importante indicador de qualidade".
O marco histórico, reveste-se de grande importância, pela enorme melhoria da qualidade de cuidados de saúde que significou, e significa, para a nossa população, tanto a residente, como a flutuante. O nascimento constitui um momento único e uma das vivências mais emocionantes que a mulher pode experienciar durante a sua vida. Porém, o processo fisiológico do parto desencadeia dor, frequentemente de grande intensidade, sendo esta uma das principais preocupações da grávida e da parturiente. Os elevados níveis de dor, muito embora não constituam uma ameaça à vida da parturiente, podem desencadear respostas fisiológicas, que influenciam o bem-estar materno e fetal, assim como a evolução do trabalho de parto. Deste modo, o alívio da dor tornou-se um objetivo primordial para todos os profissionais de saúde que atendem a parturiente. SESARAM
As abordagens farmacológicas podem ser classificadas como loco-regionais ou sistémicas. As técnicas analgésicas loco-regionais incluem as técnicas do neuroeixo (analgesia epidural, raquidiana ou combinada raqui-peridural), consideradas as mais eficazes, por possibilitarem uma analgesia ideal e com efeitos colaterais mínimos para o binómio materno- fetal, sendo hoje uma prática bem estabelecida e segura. Inclui ainda, o bloqueio de nervo pudendo.
As medidas farmacológicas sistémicas, que podem ser utilizadas em caso de contraindicação ou recusa para a realização de analgesia do neuroeixo, englobam a analgesia inalatória e a analgesia endovenosa.