Albuquerque exorta António Costa a “pôr ordem na casa”
Líder do Governo Regional da Madeira diz que a “TAP é uma novela triste”
O presidente do Governo Regional da Madeira, que esta tarde assiste a mais um cortejo da Festa da Flor da Madeira, um evento de sucesso que junta milhares de pessoas na baixa do Funchal, teceu também alguns comentários sobre os últimos desenvolvimentos relacionados com a TAP, os ministros de António Costa e o SIS.
“A TAP é uma novela triste. Uma novela triste porque em primeiro lugar são os contribuintes que estão lá a meter dinheiro. Vai chegar, penso, aos 4 mil milhões de euros. Por um capricho ideológico procedeu-se à nacionalização, neste momento vai-se fazer a reversão, e depois há um conjunto de circunstâncias que têm acompanhado toda esta novela que é a apropriação de parte das instituições do Estado por um conjunto de aparachiques do PS”. Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional
O líder regional apontou que a “degeneração” que está a acontecer tem apenas um princípio, “que é confundir as questões do Estado com as questões partidárias”, utilizando o aparelho de Estado como se fosse deles [PS] e o que leva “à fragilização de um Governo que tinha todas as condições para governar. Os portugueses deram há menos de um ano a maioria absoluta aos socialistas para governar”.
Miguel Albuquerque considerou mesmo que assim fica em causa toda “a credibilidade do regime”, achando que “a posição do ministro é insustentável”. Exortou, como tal, o primeiro-ministro a “pôr ordem na casa”.
“Neste momento não é a oposição que está a pôr em causa a estabilidade política para o governo poder governar. Quem está a pôr a estabilidade do governo em causa são os próprios membros do governo que estão numa competição e numa autofagia completa”, afirmou, não considerando, no entanto, que sejam necessárias eleições antecipadas. "O País não pode estar sempre em eleições".