Madeira

"Os madeirenses e porto-santenses não estão condenados ao empobrecimento"

CDU apela à luta dos trabalhadores

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A CDU realizou este domingo, véspera do Dia do Trabalhador, uma jornada de contacto  com a população em Santa Cruz para afirmar que "os madeirenses e porto-santenses não estão condenados ao empobrecimento e que com a sua luta, é possível aos trabalhadores  garantir a melhoria das condições laborais e de vida".

Os últimos tempos, na nossa região, têm sido marcados por uma ampla e combativa luta de resistência dos trabalhadores e das populações. São combates pela melhoria das condições laborais, dos rendimentos dos trabalhadores e dos reformados, pelo direito à Habitação e contra a escalada dos preços.  Amanhã realiza-se a grande jornada do 1º. de Maio que estamos certos será uma grande demonstração da força dos trabalhadores, da sua luta, um grande momento de exigência de aumento dos salários, dos direitos, um momento de combate contra a exploração e o aumento do custo de vida. Ricardo Lume, deputado da CDU

Segundo o comunista, não é possível permitir que, na Região, "quando aumenta os lucros  das grandes  empresas, existem indicadores de crescimento económico, a receita fiscal aumenta, os trabalhadores e o povo sejam cada vez mais penalizados com a política de exploração e empobrecimento que nega um justo salário a quem trabalha, que promove a desregulação do horário de trabalho,  que não garante uma reforma dignam a quem trabalhou uma vida inteira e que coloca milhares de madeirenses e porto-santenses a empobrecer mesmo trabalhando oito ou mais horas por dia".

Estas injustiças não são uma inevitabilidade, pelo que a CDU considera que "não só é possível, como necessário com a luta dos trabalhadores e do povo encetar de imediato uma nova política económica e social" assente nas seguintes reivindicações essenciais:

  • 1 - Valorização do trabalho e dos trabalhadores, através da afirmação do trabalho com direitos e de uma significativa melhoria dos salários e dos vencimentos como contributo e condição para o desenvolvimento económico e uma melhor repartição do rendimento entre o trabalho e o capital;
  • 2 - Aumento do Salário Mínimo para 850€, acréscimo de 10% ao Salário Mínimo Nacional a praticar na Região e garantir um aumento salarial mensal mínimo de 120€ para todos os trabalhadores 
  • 3 - Garantir a todos os trabalhadores da Região o Subsídio de insularidade sejam do sector público ou do sector privado;
  • 4 - Reduzir para 35horas o limite máximo do horário semanal de trabalho para todos os trabalhadores e combater a desregulação dos horários de trabalho;
  • 5 - Garantir o fim da caducidade da contratação colectiva e a reposição do tratamento mais favorável para o trabalhador;
  • 6 - Criação de um plano regional de combate à precariedade laboral;
  • 7 - Combater o uso abusivo dos programas de ocupação de desempregados para suprir necessidades permanentes, inerentes à criação de postos de trabalho;
  • 8 - Aplicar os 25 dias úteis de férias a todos os trabalhadores;
  • 9 - Garantir que todos os trabalhadores com 40 anos de descontos para o Regime Geral da Segurança Social ou para a Caixa Geral de Aposentações, tenham direito à Pensão de Reforma sem cortes nem penalizações".