MPT Madeira contra proposta de voto electrónico
O coordenador MPT-Madeira, Valter Rodrigues, é contra a proposta de voto electrónico "devido ao imenso risco de viciação das eleições".
"Uma mesa de voto de cinco elementos nomeados por diferentes partidos no máximo consegue viciar umas centenas de votos, mas mesmo assim iria se notar a discrepância com as outras mesas de voto. Um programa informático pode viciar todos os votos (obviamente, não viciaria todos para que os resultados parecessem credíveis)", refere através de uma nota de imprensa.
Mais ainda, o Governo iria contratar uma empresa para construir o voto electrónico. Ela seria escolhida pelo preço mais baixo… mas essa empresa poderia viciar o próprio programa obtendo o lucro com a venda de resultados eleitorais. Só duas ou três pessoas é que saberiam que os resultados estariam a ser inquinados. Compare-se com o aparato necessário (da ordem das dezenas de pessoas para não dizer centenas) para aldrabar os votos numas eleições com papel". Coordenador MPT-Madeira
Mesmo que essa empresa não vicie o programa, existem hackers que o conseguiriam fazer: uns pela paixão a um partido e outros por dinheiro. Numas eleições regionais os orçamentos dos principais partidos é da ordem de milhões. Algum político poderia decidir investir em aldrabar os resultados pois o proveito seria mais certo que investir em publicidade junto do eleitor". Coordenador MPT-Madeira
Diz ainda que ao contrário do possa parecer, "o voto electrónico pode também obrigar a uma deslocação às mesas de voto, pelo que pouco se teria a ganhar com esta solução".
"Os estudos não demonstram que mais pessoas passam a votar se o voto for pela internet", concluiu.