Região "está a aprofundar assimetrias preocupantes em aspectos nevrálgicos da vida social", diz Chega
"As mais de quatro décadas de governação social-democrata na Região Autónoma da Madeira têm deixado marcas preocupantes e profundas na sociedade e na economia regional. Estas, que vão desde os baixos rendimentos à falta de habitação e a uma pesadíssima carga fiscal, limitam, cada vez mais, a qualidade de vida das populações e a confiança com que essas olham para o futuro", refere o Chega Madeira, num comunicado enviado à comunicação social.
Porque uma mudança política é fundamental, as eleições deste ano constituem uma oportunidade importantíssima para abrir um novo capítulo na gestão pública regional, pautado por uma maior atenção aos interesses e às preocupações dos madeirenses e portosantenses. Chega Madeira.
“Temos assistido a uma governação que apregoa ocupações recorde no turismo, que repetidamente fala no sucesso da economia madeirense, mas que, ao mesmo tempo, se recusa a promover uma maior redistribuição da riqueza e que tem uma incapacidade ainda maior para pôr os pés no chão, olhar com humildade para a vida das populações e perceber que os madeirenses estão cada vez mais pobres e sentem cada vez mais dificuldades em dar respostas às questões básicas da vida, tais como as contas da água e da luz, a despesa do supermercado, a gestão da casa e até a educação dos filhos”, aponta Miguel Castro, líder regional do partido Chega.
Na opinião de Miguel Castro, a Região Autónoma da Madeira está a "aprofundar assimetrias preocupantes em aspectos nevrálgicos da vida social", acrescentando que “é evidente que, cada vez mais, existem duas Madeiras: aquela que tem ligações ao poder, que está no circuito do compadrio e que beneficia dos muitos esquemas que são do conhecimento público e aquela que trabalha para pagar impostos, para alimentar certos grupos económicos e que procura sobreviver neste meio tóxico e que foi politizado até à exaustão por mais de quatro décadas de domínio social-democrata. Para as pessoas do segundo grupo, a vida transformou-se num jogo penoso de sobrevivência, sem qualidade, sem dignidade e sem confiança no futuro”.
Sendo este um ano de eleições, o partido apela que seja usado o "sufrágio como uma oportunidade para levar a cabo uma mudança real na Região".
É evidente que a mudança que precisamos na habitação, na economia, na carga fiscal, na segurança pública, na saúde e em tantos outros aspetos não virá pela mão do partido que ajudou a causar os problemas. Ou seja, quem causou os problemas, não tem capacidade para, agora, os vir resolver. Miguel Castro, líder regional do partido Chega.
Para o líder do Chega Madeira, “pelo contrário, precisamos de gente séria, de gente que saiba o que é trabalhar, de gente que tenha feito mais na vida do que ocupar cargos, de gente que saiba explicar de forma transparente o que tinha e o que tem em termos de património e de rendimentos, de gente mais interessada em trabalhar do que em andar de exibicionismo em exibicionismo, sem competência, sem capacidade de trabalho e sem nada para mostrar além de desleixos intoleráveis”, refere.
Longe de alimentar rumores sobre alianças com o PSD-Madeira, as quais rejeita cabalmente, Miguel Castro afirma que o Chega não foge das responsabilidades que quer assumir nesse processo de mudança e argumenta que apenas o partido que lidera constitui uma alternativa credível à atual governação. Chega Madeira.
Nas suas palavras, "cabe à verdadeira direita, que é o Chega, ter bandeiras e causas. Aliás, é tamanha a empreitada que é necessário levar a cabo na Madeira e no Porto Santo, que só a verdadeira direita do Chega conseguirá resgatar para si o combate que é seu, nomeadamente o da coesão social, o da defesa do valor do trabalho, o do direito ao enriquecimento, o do combate ao pós-modernismo que destrói a nossa fibra social, o da responsabilidade fiscal, o da luta contra a corrupção e o da determinação em construir um hoje melhor para todos”.
Como já foi apontado várias vezes pelo seu líder regional e por André Ventura, líder nacional do partido, durante a sua recente visita à Madeira, o partido irá apresentar-se às próximas eleições legislativas com o objectivo de conquistar um grupo parlamentar e, a partir da Assembleia Legislativa, forçar o processo de mudança que vê como essencial para o futuro da Madeira.
“A nossa sociedade não pode continuar adormecida perante os tantos desafios que o presente nos coloca. Pelo contrário, precisamos de um sobressalto cívico, que nos traga uma Região forte, dinâmica e onde os poderes públicos são uma solução, e não a causa que aprofunda o estado de carência e de miséria no qual já tantos vivem”, concluiu Miguel Castro.