“Respeito”, “mandatos”, “democracia”
Palavras usadas por António Costa (AC) em recentes declarações nomeadamente no discurso do 50º aniversário do PS.
A “habilidade política” que alguns tanto lhe gabavam cada vez se desvanece mais e AC mostra-se incapaz de esclarecer os portugueses sobre as sucessivas falhas nas suas decisões governamentais objeto de críticas de toda a oposição. Sempre que é interpelado pelo PSD é de todo incapaz de responder objetivamente às questões que lhe são postas, recorrendo à rábula já gasta de se servir do Chega para desviar o foco das atenções das más decisões do seu governo. É assim que AC quando interpelado pelo maior partido da oposição, em vez de esclarecer os portugueses sobre as questões que lhe são colocadas vem de imediato com aquele seu paternalismo bacoco prevenir contra o perigo de contaminação pelo populismo extremista de André Ventura (AV). Ao coligar-se com o PCP nos 1ºs. 4 anos de governação, AC e o PS ficaram contaminados pelo extremismo de esquerda dos dirigentes do PCP? O PCP enquanto partido é democrático e o Chega não? Não foram os estatutos de ambos os partidos aprovados pelo TC? Os mandatos dos deputados do PCP são mais legítimos e foram conseguidos de forma mais democrática que os do Chega?
Não foram eleitos pelo mesmo regime democrático? Se há alguém que está a faltar ao “respeito” pelos “mandatos” e pela “democracia” é AC ao não acatar a decisão dos eleitores em eleições livres e democráticas. Eu também deploro os comportamentos democraticamente indecorosos (saudações fascistas, afirmações racistas e xenófobas etc.) de AV atual líder do Chega, mas uma coisa é AV que não passa de um deslumbrado populista com as suas afirmações de aprendiz de autocrata e outra é o partido, até porque quem hoje é líder poderá deixar de sê-lo de um momento para o outro. No que AC e AV, no seu populismo cada vez mais rasca, se assemelham é nas tentativas desesperadas de cada um deles para colar o PSD respetivamente ao Chega e ao PS.
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