Madeira

"O Porto Santo merecia este congresso de enfermeiros"

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Encerrou ao final desta tarde de sexta-feira no centro cultural e de congressos do Porto Santo, o 1.º congresso insular de enfermeiros da Madeira.

O secretario regional da saúde, Pedro Ramos, esteve presente no fecho dos trabalhos e falou que os profissionais de saúde precisam ter no futuro “formação, diferenciação, educação, treino inovador e digital”.

O tema do congresso foi “desafios da insularidade” e Pedro Ramos disse que “estes desafios da insularidade passam por combater o nosso isolamento, continuar a investir, nos recursos humanos, na tecnologia, nos avanços tecnológicos que estão ao nosso dispor e que a inteligência artificial não é só para os médicos, mas a inteligência artificial para ser utilizada para o sistema, para os médicos, enfermeiros, para todos os grupos profissionais”.

Para Ana Rita Cavaco, número um da ordem dos enfermeiros portugueses, disse no final do congresso insular dos enfermeiros: "Fiquei muito satisfeita por causa do tema central da reunião, que é uma coisa preocupa muito, que é o envelhecimento”.

“Aprendi uma coisa aqui na ilha do Porto Santo, que nuca tinha ouvido, vocês aqui chamam “altas problemáticas”, aquelas pessoas que eventualmente não têm família, e não têm condições para serem cuidadas em casa, e nós lá no continente chamamos uma coisa que aborrece muito que é casos socais”.

Em nestes casos sociais, Ana Rita cavaco disse: "Todos nós um dia seremos um caso social, porque não estamos com doença aguda, quando formos eventualmente mais velhos, mas precisaremos de cuidados de enfermagem, e eu serei eventualmente um caso social, e por isso estas questões para mim acho que são fundamentais e porque em Portugal se faz as coisas em cima do joelho, ter uma estratégia para combater o envelhecimento, porque estamos no europeu nos países mais envelhecidos”.

O bastonário da Madeira da ordem dos enfermeiros Nuno Neves disse estar “de missão cumprida"

"Sinto que neste evento alinharam-se alguns astros, que é como quem diz, a sorte dá muito trabalho, desde logo pela aposta no Porto Santo, que foi uma aposta ganha, e nuca antes realizado, mas o Porto Santo merecia e os enfermeiros desta terra mereciam, este foco e visibilidade que este congresso trouxe”, acrescentou.

“Fizemos o maior evento técnico/cientifico alguma vez aqui realizado, essa é uma marca que fica e que também nos orgulha, pois esgotamos as inscrições, aqui passaram mais de 300 participantes, creio que a ilha nunca teve tão segura, com tantos profissionais de saúde em simultâneo”, concluiu.