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Índia pede mais cooperação no combate ao terrorismo internacional

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O ministro da Defesa da Índia, Rajnath Singh, pediu hoje aos membros da Organização de Cooperação em Segurança de Xangai para trabalharem juntos no combate ao terrorismo.

"Qualquer tipo de ato terrorista ou apoio ao terrorismo é um grave crime contra a humanidade", disse Singh, durante uma reunião dos ministros da Defesa da Agência para a Cooperação para Defesa e Segurança (SCO, na sigla em inglês) que decorre em Nova Deli.

A SCO foi fundada em 2001 pela China, Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão, tendo posteriormente incluído a Índia e o Paquistão.

A Índia acusa o Paquistão, rival de longa data, de armar e treinar grupos insurgentes que lutam pela independência de Caxemira -- território controlado pela Índia - ou pela sua integração no Paquistão, uma acusação que Islamabad nega.

No Afeganistão, a imposição de novas medidas pelo regime talibã, tais como restrições às mulheres, é uma preocupação dos estados-membros da SCO.

Singh reuniu com o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, à margem da reunião e discutiu a cooperação militar entre os dois países, bem como parcerias na área industrial.

O Ministério da Defesa da Índia disse que discutiu a participação da indústria de defesa russa e uma iniciativa do Governo indiano para aumentar a produção neste domínio.

A Índia depende da Rússia em 60% das suas compras de armas e o Governo do primeiro-ministro Narendra Modi está a procurar estabelecer novas parcerias para desenvolver a indústria nacional de armas.

Os dois ministros também discutiram a paz e segurança regional e reiteraram o compromisso de fortalecer a parceria bilateral, particularmente na área da defesa, de acordo com o Governo indiano.

Singh manteve na quinta-feira uma reunião com o homólogo chinês, general Li Shangfu, a quem afirmou "categoricamente" a oposição indiana à crescente presença militar do seu vizinho do norte, face a incidentes na fronteira comum de 3.500 quilómetros, de acordo com uma nota do seu ministério.

Em comunicado publicado hoje, o ministério chinês da Defesa afirmou que a situação na fronteira é "estável".

"Esperamos que os dois lados possam trabalhar juntos para construir continuamente a confiança mútua", adiantou o ministério liderado por Li Shangfu.