IL desafia Governo Regional a explicar investimentos em habitações a custos controlados
A Iniciativa Liberal diz mão ter feito as contas, mas desafia o Governo Regional e a IHM - Investimentos Habitacionais da Madeira a explicar os valores apurados pelo partido no que respeito ao investimento nas habitações a custos controlados.
Num comunicado enviado à imprensa, afirma que "já vai para um ano que Miguel Albuquerque, apresentou, com a normal pompa e circunstância, um empreendimento habitacional a custos controlados em Santo António. Um investimento de 4.928.754,52€ de euros para a construção (relembramos: a custos controlados) de 25 apartamentos, divididos pela tipologia T1 e T2". Essas construções têm como pressuposto a construção de qualidade, e que obedeçam aos limites de área bruta, custos de construção e preço de venda fixados nas portarias correspondentes.
"Reconhecemos não ter feito as contas, uma vez que nos faltam alguns dados. Mas parece-nos claramente exagerado, que com uma simples conta, cheguemos ao valor médio de, independentemente da tipologia, 197.146,18 euros por unidade construída", assume.
Numa consulta ao JORAM, a Iniciativa Liberal encontrou os seguintes valores: " Lote 13, Câmara de Lobos, 7.844.917,12€, para a construção de 42 fogos, o que dá uma média de 186.783,74 por unidade construída. Lote 14, Câmara de Lobos, 6.391.480,73€, para a construção de 34 fogos, o que dá uma média de 183.810,32€ por unidade construída. Lote 15, Câmara de Lobos, 6.391.480,73€, para a construção de 30 fogos, o que dá uma média de 213.049,36€ por unidade construída. Lote 16, Quinta Grande, 4.560.403,69€, para a construção de 25 fogos, o que dá uma média de 182.416.15€ por unidade construída. Lote 17, Câmara de Lobos, 2.455.659,91€, para a construção de 13 fogos, o que dá uma média de 188.896,92€ por unidade construída. Lote 18, Câmara de Lobos, 3.885.724,21€, para a construção de 18 fogos, o que dá uma média de 215.873,56€ por unidade construída. Lote 19, Câmara de Lobos, 2.831.569,35€, para a construção de 15 fogos, o que dá uma média de 188.771,29€ por unidade construída. Lote 27, São Vicente, 3.095.868,15€, para a construção de 18 fogos, o que dá uma média de 171.992,68€ por unidade construída. Lote 29, Machico, 6.246.331,84€ para a construção de 36 fogos, o que dá uma média de 173.509,22€ por unidade construída. Lote 38, Porto Santo, 6.391.496,35€ para a construção de 30 fogos, o que dá uma média de 213.049,88€ por unidade construída".
Nestes valores estão incluídas as partes acessórias. "Assim como assim, estranhamos estes valores, uma vez que estamos a falar de construção a custos controlados. Finalmente assalta-nos uma questão que não nos fica clara: os terrenos onde vão ser construídos estes fogos, são públicos ou comprados pelos empreiteiros?", questiona.