Estrangeiros a limpar terrenos da CMF? É “trabalho duro” e há poucos madeirenses disponíveis
O acidente mortal que vitimou, ontem, um trabalhador indiano que efectuava serviços de limpeza de terrenos no Parque Ecológico do Funchal foi abordado na sessão da Assembleia Municipal desta manhã, com o deputado Valter Rodrigues (MPT) a questionar a vereação sobre o cumprimento das regras de segurança laboral.
O vereador Bruno Pereira começou por lamentar a tragédia e explicou depois que a vítima trabalhava para uma empresa que tem uma prestação de serviços com a autarquia funchalense para proceder à limpeza de espécies infestantes em terrenos camarários. Por não se tratar de uma empreitada, a lei não exige um plano de segurança. O autarca disse que a Câmara “não é investigadora” e que compete à inspecção do trabalho e ao Ministério Público apurar as circunstâncias deste acidente laboral mortal.
Bruno Pereira justificou ainda a opção da empresa por trabalhadores estrangeiros: “É um trabalho cada vez mais difícil de conseguir mão-de-obra. É um trabalho duro e com frio. Há cada vez menos mão-de-obra . Por isso temos cidadãos estrangeiros”.
