Horários do Funchal É GIRO? Não!
Factos com modelos recentes de autocarros:
1º - sábado, 22/4 - carreira das 20:45, nº 8 (STA Quitéria via Barreiros). Entrei na paragem inicial e preparei-me para sair pela porta de trás na rot do inf e só tinha posto um pé fora do carro quando fui surpreendida pela porta a fechar-se. Dei um grito de alerta e presumo que algum passageiro mais atento também sinalizou a situação tendo, de imediato, o motorista, jovem, reaberto a porta tendo eu completado o ato de sair em segurança.
De seguida dirigi-me à porta da frente e fiz sinal que queria falar, tendo o condutor aberto a porta e eu reclamado com bons modos e calmamente em relação ao seu ato precipitado de fechar a porta sem se certificar que eu tinha completado a saída, ainda por cima com a viatura quase vazia e a visibilidade inequívoca. O jovem ouviu e não disse nem A, nem B. Por fim desejei-lhe um resto de boa tarde feliz e cada um foi à sua vida.
2º - domingo, 23/4 - carreira das 12:50, nº 13 (Jamboto via viveiros). Saí na paragem da Igreja São José e, em virtude do episódio do dia anterior acima narrado, alertei o motorista para fazer o favor de esperar até eu sair pois os motoristas têm muita pressa em fechar as portas (foi assim mesmo que eu disse – sou uma septuagenária e tenho de me cuidar). De imediato o motorista cruzou os braços e, numa atitude que considerei insolente, disse: “vá, ainda estou à espera que saia”.
Obviamente que eu não tivera tempo de percorrer o corredor até à saída e considerei desnecessária a observação feita por ele (tinha à volta dos cinquenta anos de idade) e a sua expressão corporal e tom de voz era como quem diz: quando é que te avias ou quando é que sais e te calas. Desrepeitou-me a idade, os cabelos brancos, etc.
Considerações finais e gerais:
- os motoristas dos Horários do Funchal (HF) têm formação adequada acerca do modo como lidam com os passageiros ou tudo depende do livre-arbítrio de cada um?
- as cúpulas dos HF andam alguma vez e porventura nos horários que tutelam para sentir na pele a experiência de ser passageiro?
- qual é a razão pela qual os/as motoristas andam frequentemente em excesso de velocidade, colocando em risco as vidas dos utentes, sobretudo dos que vão nos lugares dianteiros?
PS – a propósito, eu já fui projetada na carreira nº 15 (Álamos via Achada) há dois anos mais ou menos, num autococarro mais antigo e também havia visibilidade na saída, tendo eu gritado e quanto mais gritava mais a porta se fechava a porta. Resultado: lesionei-me na cabeça e no braço esquerdo, rachei o pulso direito e estive durante largos meses em fisioterapia.
Élia Neves