O primeiro Congresso Insular de Enfermagem na Ilha do Porto Santo começou hoje no Centro Cultural e de Congressos, sob o tema “desafios da Insularidades”.

Na sessão de abertura, o presidente da Secção Regional da Ordem dos Enfermeiros da Madeira, Nuno Neves, salientou o facto de ser "um gosto muito grande" realizar o congresso na ilha do Porto Santo, justificando a escolha com o querer "dar foco e visibilidade daquilo que é o desafio da saúde e da enfermagem em particular longe dos centros urbanos".

Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros revelou estar preocupada com envelhecimento, alertando ser "uma emergência nacional". "Nós em 2050 teremos 3 em cada português terá mais 65 anos e 8 serão maiores de 80”.

“Se não repensarmos aquilo que é o nosso modelo existencial para cuidados de proximidade, vamos passar muito mal todos”, atentou. 

Outro assunto que preocupa a bastonária são os enfermeiros na ilha dourada, que, defendeu, devem ter incentivos: "Hoje visitei o centro de saúde local e acho que há uma serie de medidas de fixação que algumas foram cortadas e outras não implementadas e que é urgente repensar, se eu quiser vir para cá exercer tenho de ter incentivos, nomeadamente á habitação”.

Nuno Batista, presidente da autarquia local, agradeceu a organização por "fazer um congresso na ilha com esta dimensão, pois é valorizar acima de tudo, o trabalho que os profissionais dos enfermeiros e têm realizado ao longo destes anos na nossa ilha”.

Quanto às preocupações de Ana Rita Cavaco sobre os incentivos, Nuno Batista disse o câmara municipal vai ter novas medidas para a habitação e que os enfermeiros que queiram vir viver para o Porto Santo podem ter acesso também. 

Susana Prada secretaria regional do Ambiente, que representou o presidente do Governo Regional, disse na cerimónia de abertura que “a proximidade e cuidado que o enfermeiro dedica ao doente, são inigualáveis e fazem com que sejam, profissional chave no sistema de saúde”.

“Os enfermeiros representam o maior grupo profissional afeto ao serviço regional de saúde, desempenham funções nos cuidados primários, hospitalares continuados e paliativos, nas várias de atuação estando presentes e próximos em todas fazes da vida”, disse a governante.

Susana Prada revelou que para o “Governo Regional investir na enfermagem é uma prioridade e um gosto", avançando que "mais de 25 milhões de euros" foi investido "no processo de descongelamento das carreiras de enfermagem na Região Autónoma da Madeira”.