"Maioria dos jovens" defende a necessidade de aulas mais dinâmicas
'Compromisso 2030' esteve a ouvir estudantes
Na sua recta final de auscultação na área da Educação que, entretanto, prossegue a sua ronda concelhia, o projeto 'Compromisso 2030' ouviu estudantes a frequentar o ensino secundário ou que terminaram a escolaridade obrigatória recentemente.
Jovens que, na sua maioria, defenderam a necessidade de existirem aulas mais dinâmicas e menos expositivas, valorizando aquelas em que se trabalha e aprende por projectos, com uma coordenação ao nível dos professores que rentabilize o estudo com uma melhor gestão integrada das várias áreas de conhecimento e de competência a desenvolver.
Os jovens também sublinharam a importância de existirem mais projectos de apoio e de enriquecimento curricular no ensino secundário – elogiando e dando como exemplo os programas que o Governo Regional desenvolve até ao 3.º ciclo do ensino básico - e frisando a necessidade de ser garantida, para o futuro, uma estratégia centrada na maior valorização da língua portuguesa, tanto mais quando, do ponto de vista dos conteúdos que são disponibilizados nas redes sociais, aos quais os jovens acedem desde cedo, nem sempre se salvaguarda essa defesa da língua.
O reforço da aprendizagem da língua inglesa, imprescindível para garantir o acesso a conteúdos e recursos de qualidade na Internet, foi outra das preocupações colocadas.
José Miguel Sousa, coordenador desta área, destacou, ainda, que, neste encontro, os estudantes defenderam o reforço da Cidadania enquanto disciplina, “designadamente associada a assuntos fundamentais nestas idades, como a preparação para a sexualidade, o combate às dependências e as diferentes formas de prevenção de doenças”.
Paralelamente, explica, “ficou também expressa, por parte dos jovens, a necessidade destes terem acesso a mais conteúdos relacionados com a política, nomeadamente os que dizem respeito aos órgãos de governo próprio e ao poder local e regional”, uma vontade à qual também seria importante corresponder, “tanto mais em nome da maior participação e do contributo ativo da juventude para a vida em democracia que é salutar e que todos defendemos”.
Refira-se que as sessões de auscultação relacionadas com este tema prosseguem, hoje, na Ribeira Brava e terminam, amanhã, no Funchal.