Greve total de oficiais de justiça faz adiar julgamento do ‘Caso do Monte’
A adesão de todos os oficiais de justiça do juízo central do tribunal do Funchal (Edifício 2000) à greve convocada pelo respectivo sindicato levou ao adiamento da segunda sessão de julgamento do ‘Caso do Monte’, que estava agendada para a manhã desta quarta-feira. Os dois arguidos - Idalina Perestrelo e Francisco Andrade - até compareceram no tribunal, acompanhados pelos respectivos advogados, mas a sessão será dada sem efeito devido à acção de reivindicação laboral. O próprio juiz presidente, Filipe Câmara, confirmou o adiamento do julgamento.
O julgamento do processo criminal relacionado com a queda da árvore que matou 13 pessoas no arraial do Monte arrancou a 12 de Abril, numa sessão que foi muito breve. Nesse primeiro dia de julgamento os dois arguidos não compareceram em tribunal - a ex-vice-presidente da Câmara do Funchal Idalina Perestrelo apresentou atestado médico e o chefe da divisão de espaços verdes urbanos da autarquia Francisco Andrade estava ausente do país. Pelo que essa primeira sessão serviu apenas para ouvir uma testemunha. Na parte da tarde não houve julgamento devido à greve de oficiais de justiça.
Nessa sessão de 12 de Abril, a juíza Joana Dias, que preside ao colectivo, agendou sessões de continuação do julgamento para os dias 26 e 27 de Abril e ainda para 3 de Maio, isto apesar de, nessa altura, já se saber que estas três datas estavam abrangidas pelo período de dez dias da greve convocada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais.
O caso da queda da árvore do Monte é apenas um dos vários julgamentos que serão adiados hoje nos tribunais da Madeira devido à greve, que está a ter elevada adesão.