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PAN diz que PR traçou "linha clara" face a quem quer alimentar discurso de ódio

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A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, considerou hoje que o Presidente da República traçou uma "linha clara" face a quem quer alimentar o discurso de ódio e a discriminação.

"Destacamos também uma linha clara que o senhor Presidente traçou em relação àqueles que visam alimentar o discurso do ódio, alimentar o discurso da discriminação e da segregação, e refiro-me aquelas que foram as suas palavras para com um país de imigrantes e de imigração", afirmou, em declarações aos jornalistas no final da sessão solene comemorativa do 49.º aniversário do 25 de Abril, no parlamento.

Inês de Sousa Real afirmou haver atualmente "um desafio acrescido, o desafio de acarinhar e reforçar a democracia, de garantir que esta mesma democracia, que permite a pluralidade e as várias representações partidárias, não enfraqueça, não seja destruída por aqueles que querem um retrocesso a uma história que o 25 de Abril derrubou".

A dirigente do PAN afirmou ser também "fundamental dar as respostas às preocupações dos portugueses", além de responder ao "desafio climático" e "à crise da empatia e respeito para com todos os seres, humanos e não humanos".

A deputada única do PAN considerou que "Portugal é e deverá sempre ser um país de braços abertos e multicultural e multidiverso, como tem sido até aqui".

Inês de Sousa Real destacou que Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu também que "Abril ainda está por cumprir no que diz respeito ao ambiente, aos direitos das mulheres, no acesso à habitação, entre outros serviços essenciais".

"Há um caminho que teremos de trilhar e saudamos o reconhecimento que hoje aqui foi feito, mas também que a maioria parlamentar tenha estado do lado certo da história, do lado da democracia", salientou.

A deputada do PAN lamentou também o protesto protagonizado pelos deputados do Chega, que levantaram cartazes e bateram na mesa durante o discurso do Presidente brasileiro na sessão de boas-vindas que antecedeu a sessão solene do 25 de Abril.

"A extrema-direita optou por ofender e hostilizar um representante de um país irmão, do povo brasileiro, com quem temos os maiores laços de afinidade e também uma cultura e uma tradução de respeito e de integração em ambos os países. Para o PAN, esse não é o caminho do respeito, da democracia e das instituições", salientou a líder.