"Por cá, a Democracia e a Liberdade estão longe de ser aquelas com que os obreiros de Abril sonharam e vivem aprisionadas sob o jugo de um Governo Regional com tiques absolutistas e de uma maioria parlamentar do PSD-CDS que, por várias vezes, já confessou estar aqui apenas para defender o Executivo e não os madeirenses e porto-santenses", afirmou Sérgio Gonçalves no início do seu discurso.

O líder socialista culpa "uma dupla partidária", PSD e CDS, que "esquece os pressupostos subjacentes à sua presença nesta Assembleia e que compactua com a fuga ao escrutínio de um Governo que age alicerçado na atitude autocrática do 'quero, posso e mando'".

Uma maioria parlamentar e um Governo que, diz, "subvertem o verdadeiro significado da Democracia e que fazem dela um instrumento para proveito próprio, deixando o povo para trás".

Deu como exemplo o "bloqueio a todas as propostas dos partidos da oposição", como aconteceu na comissão de inquérito às "obras inventadas".

"Não há Democracia sem oposição", garante.

Sérgio Gonçalves reservou uma parte importante do seu discurso para se dirigir ao Governo Regional que está representado por Miguel Albuquerque e dois secretários regionai

"O Governo de Miguel Albuquerque volta as costas aos madeirenses quando estes mais precisam e só se lembra deles na hora de ir aos seus bolsos sacar o dinheiro dos elevados impostos".

Só este ano, lembram serão mais de 1000 milhões de euros de receita fiscal, que "expõem a contradição entre a opulência de quem governa e as crescentes dificuldades da população".

"O Governo de Miguel Albuquerque rouba a liberdade aos madeirenses quando lhes nega o acesso à habitação", diz.

"O Governo de Miguel Albuquerque rouba a liberdade aos madeirenses quando lhes nega o acesso à Saúde".

"O Governo de Miguel Albuquerque rouba a liberdade aos madeirenses cada vez que se recusa a baixar o IVA e o IRS, obrigando-os a pagar mais pelos bens e serviços que consomem e a descontar mais do que os açorianos".

"O Governo de Miguel Albuquerque rouba a liberdade aos madeirenses quando priva muitos deles de uma vida digna".

Foram estas as frases dirigidas a Albuquerque.

"Está nas nossas mãos fazer cumprir Abril verdadeiramente e fazer prosperar os valores da Liberdade e da Democracia na nossa Região. Está nas nossas mãos abrir as portas que Abril ainda não abriu", afirmou

É tempo, diz, "de dar ao Partido Socialista a oportunidade de governar e de mostrar que, efetivamente, tem soluções para o futuro da nossa terra e das nossas gentes".