Mais de 300 ex-correspondentes na Rússia querem libertação de jornalista do WSJ
Mais de 300 jornalistas que trabalharam como correspondentes estrangeiros na Federação Russa assinaram uma petição em que solicitam às autoridades russas a "libertação imediata" do jornalista norte-americano Evan Gershkovich.
O jornalista está detido com acusação de espionagem, acusação que rejeita.
"Estamos chocados e consternados pela detenção do nosso colega Evan Gershkovich", com um "longo e impressionante percurso jornalístico", afirmam os 301 signatários.
"Não duvidamos que o seu único objetivo e a única intenção do seu trabalho eram informar os seus leitores da realidade atual na Rússia", acrescentaram.
Ora, apontaram, a procura de informações, "mesmo que deva contrariar os interesses políticos, não faz de Evan um criminoso ou um espião, mas um jornalista. O jornalismo não é um crime".
Os serviços de segurança russos (FSB) detiveram no final de março Evan Gershkovich, de 31 anos, correspondente do prestigiado diário norte-americano Wall Street Journal (WSJ), por "espionagem", quando estava em reportagem em Ecaterimburgo, nos Urais.
O Kremlin afirmou que Gershkovich foi interpelado em "flagrante delito", sem avançar provas.
"Esta detenção envia um sinal inquietante e perigoso sobre o desprezo da Federação Russa pelos meios independentes e testemunha a indiferença sobre o destino de um jovem jornalista talentoso e honesto", deploram os signatários, que solicitam às autoridades russas "o abando das acusações e a libertação imediata de Evan Gershkovich".