A crise do Nacional
Em qualquer clube, a equipa principal de futebol é o pêndulo da actividade.
Neste momento, a do "nosso" Nacional não está nada bem, e está mesmo na iminência de descer à Liga 3.
Ora isso abana a estrutura do clube.
Mas, neste momento tão crítico, o Nacional não precisa de gritos nem histerismo no estádio, nem de pessoas nas tvs, jornais e redes sociais a jurar a pés juntos o seu grande amor clubístico.
Porque isso é só uma teatralização inconsequente.
A crise é profunda, e o que o Nacional está realmente a precisar é que os nacionalistas que são figuras públicas madeirenses, com possibilidades financeiras, grande impacto e responsabilidade social, saiam do seu conforto, e venham ajudar o clube que dizem ser o do seu coração.
Já em 1994, quando o clube esteve prestes a fechar, divorciaram-se do assunto ficando inativos, deixando que a solução passasse por convidar alguém, que nem sócio era, entregando-lhe de mão beijada os destinos do clube.
Foi uma maneira cómoda e fácil. Talvez pensassem que como havia o "aval" do governo tudo seria resolvido.
Na verdade durante alguns anos as coisas até funcionaram bem, mas a que preço...
Hoje em dia, já não há o tal "aval" do governo, e o clube torna a estar financeiramente débil, em derrapagem, e na iminência de ter de alienar a "sad" a um qualquer investidor externo que ninguém conhece, nem sabe as intenções.
Por tudo isto "apelo" a essas figuras importantes que não repitam a mesma postura e tenham o bom senso de vir ajudar o clube, com um projeto que, pelo menos, volte a repor o adn do Nacional como clube de impacto social, centenário e eclético.
Notem que sou comedido e até nem peço a I Liga. Desejo apenas ter o meu Nacional de volta, sem megalomanias, mas ativo e sustentável.
Saudações nacionalistas.
Luis Gama