“O Governo da República está com desgaste muito acentuado por culpa do próprio governo”
Albuquerque admite eventual dissolução do parlamento depois das ‘Europeias’ apesar de ser defensor da estabilidade política
Pela primeira vez desde que António Costa conseguiu maioria absoluta, o PSD ultrapassou o PS numa sondagem da Aximage para DN/JN/TSF. O PSD de Luís Montenegro consegue 28,6% na sondagem publicada esta segunda-feira, enquanto o PS de António Costa não vai além dos 28,3%.
Para o presidente do Governo Regional esta o resultados desta sondagem nacional vem reforçar a convicção de que “tem existido, estranhamente, um desgaste muito acentuado do Governo [da República]. Governo que tem uma maioria absoluta e há uma descoordenação e uma falta de entendimento entre os titulares dos cargos, não há uma equipa, não há uma coordenação, o Primeiro-ministro não consegue coordenar a equipa e não consegue ter desígnios políticos”, apontou.
A estranheza de Miguel Albuquerque é ainda maior por concluir que o desgaste acelerado que diz estar a ocorrer no governo socialista de António Costa é acima de tudo motivado “por um conjunto de circunstâncias que não têm a ver muito com a oposição”.
Quanto a uma eventual dissolução do parlamento e eleições antecipadas, não descarta essa possibilidade, mas só depois das eleições Europeias a realizarem-se no primeiro semestre do próximo ano.
“Sou um defensor da estabilidade política”, começou por dizer, como que a querer ‘deitar água na fervura’, ao concluir “que antes das eleições Europeias, a não ser que aconteça alguma coisa, as hipóteses de dissolução [da Assembleia da República] são muito baixas. A não ser que haja uma catástrofe ou situação imponderada”, ressalva.
Seja como for, a principal ilação a tirar da queda de popularidade de António Costa deve-se ao “desgaste muito acentuado por culpa do próprio governo. A descoordenação é total”, conclui.
