O excesso de peso e a inatividade física, bons amigos
Os índices de obesidade, têm vindo a aumentar de forma significativa, e a atividade física, a diminuir em Portugal nos últimos anos, acarretando um grande problema de saúde pública e com elevados custos para o país.
Segundo o relatório do Estado de Saúde na União Europeia (U.E., 2021), o perfil de saúde dos portugueses no que toca aos fatores de risco comportamentais, mesmo sendo inferiores à média E.U, tem um impacto significativo na mortalidade, que podem ser atribuídas a mais de um fator de risco comportamental, nomeadamente ao hábito de fumar, ao tipo de alimentação nutricional, a ingestão de bebidas alcoólicas, pouca atividade física e ainda devido a risco ambientais.
No que toca aos obesos adultos, este fator de risco bateu à porta (segundo indicadores apurados em 2019), de 19% da população portuguesa, estando acima da média Europeia. A população mais jovem, no que se relaciona com a obesidade, não fica nada a dever aos adultos, pois em 2018, “mais de um em cada cinco jovens de 15 anos tinha excesso de peso ou era obeso”.
Dados mais recentes (2022), indicam que Portugal tem 57,5% da sua população adulta - com mais prevalência nos homens do que nas mulheres - e cerca de uma em cada três crianças apresentam indicadores relativos ao excesso de peso ou obesidade, e ainda que 10% das crianças portuguesas são obesas. Os dados evidenciam ainda que, existe uma forte ligação dos fatores socioeconómicos à obesidade.
Quando analisei os indicadores no que se relaciona com a prática de exercício físico dos adolescentes e adultos portugueses, o meu queixo caiu. Fiquei com cãibras, pois tive dificuldade de voltar a juntar a mandíbula. Lá consegui descontrair o queixo e recompor as minhas lindas têmporas.
E atente a isto: um dos grandes inimigos pela procura por um peso equilibrado, tem sido a inatividade física. As taxas indicam que os sedentarismos têm contribuído para um dos vilões da saúde e qualidade de vida dos portugueses. Desde 2014, que estes números não param de crescer. Em 2018, apenas 5% das raparigas e 12% dos rapazes com 15 anos, afirmaram que praticavam atividade física moderada.
Se estes indicadores já eram e são preocupantes nos adultos, como não serão estas crianças daqui a 20 anos? Preocupa-me.
Odette Dias