Madeira

Chega exige retoma de ligação marítima a Portugal continental

"O Governo não fez tudo para manter o ferry"

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O Chega-Madeira afirma que "o Governo não fez tudo para manter o ferry" e defende a necessidade de se retomar a ligação marítima entre a Madeira e Portugal continental. Num comunicado assinado pelo líder Miguel Castro, o partido afirma que "as vantagens de uma operação marítima regular são sobejamente conhecidas por todos, não só porque simbolizaria um passo importante na direcção do cumprimento do Princípio da Continuidade Territorial, mas também porque traria benefícios transversais a diversos sectores, desde a própria população ao sector comercial e empresarial".

Miguel Castro lamenta que, "quando a prioridade é o exibicionismo da Secretaria do Turismo e da Câmara Municipal, não há nada que não seja feito para trazer carros para a Região, usando a propriedade alheia para entreter a população e promover um eleitoralismo que devia envergonhar quem o pratica".

O partido indica que só não vê a importância desta ligação "quem não quer ajudar a população ou quem tem algo a ganhar em manter o atual sistema das coisas, que apenas dá lucro aos mesmo de sempre, castigando a população, comerciantes e empresas, que já enfrentam as maiores cargas fiscais da Europa e uma diminuição enorme na sua qualidade de vida”.

Miguel Castro considera que esta atitude do Governo Regional só demonstra que, ao contrário do que dizem, o governo de Miguel Albuquerque e a liderança parlamentar que o sustenta não estão interessados em defender os interesses da população, nem em criar condições que permitam o crescimento económico da Madeira e do Porto Santo. Para o líder partidário, "este governo já deu mais do que provas que não é um governo para os madeirenses e porto-santenses. Este não é um governo para todos! Pelo contrário, é um governo para apenas alguns, para os amigos, para os grupos económicos com ligações ao poder e para aqueles que, há largas décadas, crescem e enriquecem à custa dos sacrifícios cada vez mais pesados de quem trabalha”.

Ainda sobre o dossier da ligação marítima, Miguel Castro vai mais longe e acusa o Governo Regional de, através das suas acções, atentar contra a Causa Pública, algo que, a seu ver, tem de ser exposto aos madeirenses e porto-santenses. “Se a Causa Pública é a defesa política do Bem Comum, então o que a gestão da inexistente ligação marítima revela é que o governo regional não está interessado naquilo que é melhor para a população. Hoje, sabemos e já foi tornado público por pessoas que integraram o elenco governativo do PSD-Madeira que o governo não fez tudo o que podia e devia fazer para preservar a ligação marítima. Isso, mais uma vez, prova que quem nos anda a governar está interessado em proteger os mesmos de sempre, e não em lutar pelo bem estar de quem lhes paga o rico ordenado com os seus impostos”, termina