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Paulo Raimundo concorda com Lula da Silva e critica países que fornecem armas

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O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, reafirmou hoje não perceber o espanto em torno das declarações de Lula da Silva sobre a Ucrânia e criticou os países defendem o caminho de acrescentar armas à guerra.

"Não consigo perceber o espanto sobre as declarações do presidente Lula [da Silva ], quando ele, no fundo, aquilo que coloca é uma questão o que é essencial para toda a gente, a necessidade de falar-se mais de paz e menos de guerra", declarou hoje Paulo Raimundo.

À margem de um encontro com pescadores, em Peniche, o líder do PCP considerou que as palavras do presidente do Brasil, Lula da Silva, refletem um apelo que "os países, independentemente das opções que tenham investiam todo o seu esforço na construção da paz e não na construção da guerra".

"É uma aspiração legítima e uma urgência" no momento atual, disse, questionando: "quantas mais mortes serão necessárias, e quanto mais destruição será necessária para se perceber que o caminho que os povos têm que trilhar é o caminho da paz e não o caminho da guerra".

"É preciso cada vez mais gente que pressione os apoiantes e os intervenientes na guerra para se sentarem à mesa para as negociações de paz, porque é isso que os povos precisam", afirmou Paulo Raimundo.

Reagindo aos entendimentos sobre a posição de Lula da Silva, expressos noutros países da Europa, o líder do PCP manifestou estranheza que "face à destruição que está em curso, às mortes e quando o que se impõe é a paz, uma parte dos países da União Europeia acham que o caminho é acrescentar mais armas às armas, mais guerra à guerra, enquanto o povo ucraniano e o povo russo vai morrendo".

Paulo Raimundo falava em Peniche, no final de um almoço com pescadores de todo o distrito de Leiria.