Madeira

Sara Madruga da Costa acusa PS de "virar as costas aos emigrantes da Venezuela"

Foto PSD
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Sara Madruga da Costa acusou o Partido Socialista de ter voltado “a virar as costas aos emigrantes” da Venezuela, depois de ter impedido a “viabilização de uma proposta” para que “se considerassem válidos, por um período de 24 meses”, os documentos de identificação em casos de comprovada dificuldade e “de modo que estes cidadãos pudessem ter mais tempo para a respetiva regularização”.

A deputada do PSD-Madeira lamentou a falta de vontade política e insensibilidade da República perante um problema que afeta cerca de 18% dos venezuelanos que residem fora do seu País, muitos na Madeira.

A proposta hoje chumbada foi aprovada, por unanimidade, na Assembleia Legislativa da Madeira precisamente porque era da mais inteira justiça, tanto mais se tivermos em conta os constrangimentos associados a esta regularização e a necessidade de haver um prazo mais alargado para que estes cidadãos possam tratar dos procedimentos, com agendamentos e viagens à Venezuela que, para além de caras, continuam a ser dificultadas já que, também aqui, o Governo Socialista de António Costa falhou com as Comunidades e ainda não conseguiu cumprir com a promessa das ligações aéreas diretas entre a Madeira e a Venezuela. Sara Madruga da Costa

Daí que no seu entender seja “caso para perguntar qual é, de facto, a estratégia que este Governo tem quanto às suas Comunidades já que, na verdade, em matérias fundamentais como esta, que fariam toda a diferença na vida destes cidadãos, a sua postura é a de inviabilizar qualquer desenvolvimento, sabendo que, com isso, está a prejudicar, deliberadamente, milhares de pessoas que mereciam maior respeito”.

Aliás, Sara Madruga da Costa foi mais longe ao afirmar que esta postura recorrente de votar contra os emigrantes acaba por ser mais um exemplo da falta de sintonia e de verdade que carateriza o Governo da República, “que nas suas deslocações à Diáspora tudo promete e nada cumpre”.

A social-democrata lembrou a este propósito que fica provado que “temos um PS que vota de uma forma na Região para, depois, mudar de opinião no continente” e que, sendo este um problema que afecta grande parte dos venezuelanos a residir na Madeira, “o secretário de Estado das Comunidades, que é madeirense, deveria ter a obrigação de conhecer esta realidade e deveria ser o primeiro a ter vontade política de a resolver”.