O líder do PS-Madeira acusou, hoje, o presidente do Governo Regional de estar a mentir e a tentar enganar os madeirenses em relação à adaptação do cabaz de produtos com IVA zero à Região e criticou a ausência de medidas adicionais por parte do Executivo de Miguel Albuquerque para ajudar as pessoas a enfrentarem o aumento brutal do custo de vida.

Numa deslocação ao Bairro da Nazaré, onde visitou a Associação ‘Olho.te’ e o Centro Comunitário da Várzea, da Associação ‘Garouta do Calhau’, e após contactar com a população, Sérgio Gonçalves destacou as medidas aplicadas pelo Governo da República, que beneficiam também todos os madeirenses e porto-santenses, mas lamentou que, da parte do Governo Regional, “mesmo batendo recordes de receita fiscal”, não existam medidas complementares.

O presidente dos socialistas afirmou que Miguel Albuquerque, “por desconhecimento ou por incompetência”, está a “enganar os madeirenses” ao dizer que está a pensar adaptar o cabaz de produtos de IVA zero às necessidades ou às preferências dos consumidores a nível regional. “Isto não é verdade, porque ele não tem competência nem poder para o fazer”, denunciou Sérgio Gonçalves, explicando que o Executivo insular apenas pode reduzir as taxas relativamente às que são praticadas ao nível nacional e que, portanto, “aquilo que deveria fazer, tal como o Partido Socialista tem defendido há muitos meses, é reduzir as taxas de IVA e de IRS em todos os escalões, algo que já é uma realidade na Região Autónoma dos Açores desde há dois anos e que não acontece na Madeira, apenas por inércia do Governo Regional”.

O líder socialista vincou ainda que, a partir do momento em que as medidas nacionais entram em vigor, passam a ser aplicadas também na Madeira, esclarecendo, por isso, que o Governo Regional “não está a fazer nenhum favor aos madeirenses”.

Como sublinhou, o Governo de Miguel Albuquerque “está apenas à boleia das medidas nacionais, quando deveria, com todas as receitas adicionais que tem tido, implementar medidas para defender os madeirenses e os porto-santenses, melhorar a vida de quem cá está na Região e evitar aquilo que temos assistido ao longo dos últimos tempos, que é um degradar das condições de vida das pessoas e um aumento da emigração devido à falta de oportunidades”.