Plano Nacional para Literacia Mediática arranca este ano
O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, disse hoje que o Plano Nacional para a Literacia Mediática arranca este ano, integrado no Plano Nacional de Leitura, o que permite "aproveitar a capilaridade da rede".
Pedro Adão e Silva falava aos jornalistas antes da sexta edição do Congresso Literacia, Media e Cidadania, que arrancou hoje na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, em Benfica, cujo mote escolhido pelo GILM - Grupo Informal sobre a Literacia para os Media é "Transição Digital e Políticas Públicas", e termina no sábado
"Vamos iniciar um Plano Nacional para a Literacia mediática este ano de 2023, é um compromisso do Governo", afirmou o Governante, salientando que "houve uma opção de integrar o Plano Nacional para a Literacia Mediática no Plano Nacional de Leitura" por duas razões.
"Porque, por um lado, não nos pareceu eficaz a duplicação das estruturas e, por outro, permite aproveitar a capilaridade da rede associada ao Plano Nacional de Leitura, quer a rede nas escolas, quer nas bibliotecas", o que "permite chegar a um conjunto vasto da população e é nisso que vamos trabalhar, isso é mesmo uma questão fundamental para a preservação do espaço público nas sociedades liberais", prosseguiu o ministro.
Este plano não é apenas dirigido à população em idade escolar, isto porque aproveita a capilaridade que existe na estrutura do Plano Nacional de Leitura.
Questionado quando arranca, o ministro disse apenas que será este ano e "é um plano que reconhecerá um legado de trabalho nesta área que já tem muitos, muitos anos", aproveitando esse legado.
"Não devemos estar sempre a começar tudo de novo nas políticas públicas, devemos aproveitar o que já foi feito", defendeu o governante.
A literacia mediática, acrescentou, "é um tema que não é novo, a desinformação não é um mal que chegou nos útlimos anos com as redes sociais e com o 'online', tem uma história longa, com enormes consequências para as democracias liberais ao longo do século XX", afirmo Pedro Adão e Silva.
Atualmente, têm "características distintivas do passado, que no essencial correspondem a um declínio das instituições de intermediação das nossas sociedades, a confiança nas instituições de intermediação, desde logo o papel da comunicação social e dos jornalistas, mas também das universidades. Isso é muito importante e implica, por um lado, conhecimento e reflexão sobre aquilo que são os mecanismos que hoje existem do ponto de vista da desinformação e por outra capacidade de atuação", rematou.