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Vendas do Brasil a Portugal quase duplicaram em 2022, para 4,5 mil milhões

Foto Shutterstock
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As importações de produtos brasileiros quase duplicaram no ano passado, para mais de 4,5 mil milhões de euros, agravando a balança comercial, que é negativa para Portugal em 3,6 mil milhões de euros.

De acordo com os dados compilados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para a Lusa, Portugal exportou, no ano passado, 918 milhões de euros, quase batendo o valor de 2017, quando as vendas de produtos portugueses foram de 943 milhões de euros.

Ainda assim, a balança comercial, pelo menos nos últimos seis anos, tem sido sempre favorável ao Brasil, que quase quadruplicou as vendas para Portugal, que passaram de 1,2 mil milhões de euros, em 2017, para mais de 4,5 mil milhões de euros no ano passado.

Relativamente aos produtos mais exportados, o petróleo domina o panorama, sendo responsável por 2,7 dos 4,5 mil milhões de euros em vendas que o Brasil fez a Portugal no ano passado, com os 'óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos' a serem sempre o produto mais vendido, seguido da soja e milho, mas com valores muito inferiores.

Em sentido contrário, a principal exportação de Portugal para o Brasil é o azeite, que rendeu 300 milhões de euros no ano passado, com as peças aeronáuticas a ocuparem o segundo lugar em 2022, depois de terem ultrapassado as exportações de vinho, que em 2022 representaram 71 milhões de euros.

O Brasil foi o 13º cliente das exportações portuguesas de bens em 2021, com uma quota de 1,1% no total, ocupando a 8ª posição ao nível das importações (3,1%), e entre 2017 e 2021 verificou-se uma diminuição média anual das exportações de 6,8% e um crescimento de 24,9% nas importações.

De acordo com a informação disponível na Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que cita dados do Comtrade, o site de referência das Nações Unidas para as trocas comerciais a nível mundial, os cinco principais mercado cliente do Brasil, em 2021, foram a China (31,3% do total), os EUA (11,2% do total), a Argentina (4,2% do total), os Países Baixos (3,3% do total) e o Chile (2,5% do total), que representaram, em conjunto, 52,5% do valor das exportações.

Em sentido inverso, os cinco principais fornecedores do Brasil, em 2021, foram a China (22,8% do total), os EUA (17,7% do total), a Argentina (5,3% do total), a Alemanha (5,1% do total) e a Índia (3,1% do total), valendo 53,9% do valor das importações.