Pelo menos 198 civis vítimas dos confrontos no Sudão
O Sindicato dos Médicos do Sudão disse hoje que pelo menos 198 civis morreram desde o início dos confrontos armados, um valor inferior ao que foi fornecido pela OMS que indica a morte de 300 pessoas desde sábado passado.
"O balanço sobre civis mortos desde o início dos confrontos aumentou para 198" disse o Sindicato dos Médicos do Sudão, através da plataforma digital Facebook, acrescentando que 1.207 pessoas ficaram feridas.
A mesma fonte indicou que, na quarta-feira, 24 civis foram vítimas dos confrontos frisando que a região de Al Fasher, no Darfur, e Cartum são as zonas mais afetadas pelos combates.
"Há um número de feridos e mortos que não está incluído neste balanço porque não foi possível o acesso aos hospitais devido às dificuldades de mobilidade no país", esclarece o sindicato.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que morreram 300 pessoas desde o início dos confrontos registados entre as duas fações militares do Sudão.
O motivo pelo qual se verifica uma grande disparidade nos dois balanços pode estar relacionada com o facto de a agência das Nações Unidas manterem ainda presença em muitas zonas do país.
Na quarta-feira começou um novo período de tréguas de 24 horas, que deve terminar hoje à tarde.
Mesmo assim, o acordo destinado a permitir aos civis reunirem-se com as famílias, assim como garantirem o abastecimento de emergência, não foi integralmente respeitado.
Vários países mantêm esforços diplomáticos e políticos para que o Exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido venham a alcançar um acordo com vista ao fim dos combates antes do início do Ramadão que começa na sexta-feira.