Madeira

Especialistas europeus na Região para desenhar estratégia do ‘hidrogénio verde’

Estratégia deverá ser implementada ao longo dos próximos três anos

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Um grupo de consultores europeus, na área de produção do ‘hidrogénio verde’, já se encontra na Região para começar a desenhar a estratégia da Madeira e do Porto Santo para esta área. De acordo com o secretário regional da Economia, “o que se pretende com este projecto é produzir hidrogénio a partir de fontes de energia renováveis, neste caso, será a partir do vento, com a energia eólica, que será transformada em hidrogénio e armazenada em baterias que serão, depois, utilizadas em autocarros de transporte colectivo de passageiros”.

Foi desta forma que Rui Barreto explicou o projecto-piloto, cuja candidatura foi apresentada pela Direção Regional de Economia e Transportes Terrestres e que será financiado no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência da União Europeia. Portugal está representado pela Madeira, mas esta iniciativa vai desenvolver-se também na Estónia, França, Grécia, Irlanda, Letónia, Polónia, Roménia, Eslováquia e Eslovénia.

O governante, que já esteve reunido com estes especialistas, salienta que “a ‘Estratégia para o Hidrogénio Verde da Região Autónoma da Madeira’ será um instrumento determinante para prosseguir com a redução das emissões de dióxido de carbono, bem como reduzir a dependência externa dos combustíveis fósseis e, ao mesmo tempo, corresponder àquelas que são as orientações da União Europeia e dos seus Estados-membros para a ‘energia limpa’ ou ‘energia verde’”.

A aposta direccionada para os transportes colectivos de passageiros tem como objectivo "reduzir o consumo de combustíveis fósseis neste sector dado que, neste momento, é o ramo de actividade que consome 48% do total de combustíveis fósseis na Região, o que é um volume significativo”.

“A Região reforça, também, o seu posicionamento e pioneirismo em matéria de descarbonização, encontrando soluções que contribuem para uma redução efectiva das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, diminuindo a dependência externa de combustíveis fósseis e, simultaneamente, contribuindo para a qualidade ambiental do Planeta Terra e da Região”, indica Rui Barreto.

A expetativa, disse Rui Barreto, “é que esta estratégia, que está a ser devidamente acompanhada por especialistas e consultores internacionais, bem como técnicos dos vários países envolvidos, esteja concluída até ao final deste ano, prevendo-se que o mesmo seja implementado ao longo dos próximos três anos”.