Caminho das Voltas - A Vergonhosa ausência de Abrigos nas Paragens
É de louvar toda a acção da Empresa “Horários do Funchal” em actualizar a sua frota, bem como em modernizar os seus Serviços.
No entanto, o que é inaceitável é a forma displicente como encara a colocação dos imprescindíveis abrigos nas paragens do autocarro.
Trago aqui dois exemplos, sendo evidente igual ausência em muitos outros locais.
Há muito que a população se queixa da inexistência de abrigo na primeira paragem, lado descente do Caminho das Voltas, abaixo do Largo do Miranda, na Choupana.
Na altura em que estive eleito pela CDU na Assembleia de Freguesia de Santa Maria Maior, tive oportunidade de alertar por diversas vezes para essa situação, dando conta dos condicionalismos que tal provocava.
A resposta era sempre a mesma: - “que os donos do muro, não permitiam a respectiva colocação”.
Entretanto, o poleiro mudou do PSD/PPD para uma “Mudança” que afinal nada mudou. Antes pelo contrário. O disco continuava “riscado” e tocava a já gasta cantilena “que os donos não permitiam a respectiva colocação”.
Mas afinal, que raio de força tem essa gente…!? São donos do muro. Não da estrada. Nada, nem ninguém impede a construção do abrigo. Falta apenas vontade política.
Antes, quando a carreira terminava junto ao Largo do Miranda, as pessoas sempre tinham a oportunidade de se resguardarem no abrigo ali existente. Agora que a viagem se prolonga – e bem – até ao Curral dos Romeiros, resta esperar à chuva e apanhar um indesejável duche, pois o anterior abrigo, entretanto, foi retirado.
A solução é tentar se recolher num dos dois restaurantes ali existentes (o que tinha encerrado, reabriu novamente). No entanto é uma falsa solução, pois para além de ficarem a dever favores aos proprietários dos negócios, correm o risco de ver a camionete passar ao lado e… ficarem apeados.
Exmos. Senhores Presidentes da CMF e da Empresa “Horários do Funchal”, aceitam uma sugestão!? Façam um abrigo em condições no lado ascendente da estrada, frente à actual paragem, até porque permitirá uma melhor protecção, pois ali a chuva é quase sempre de sul. Pode parecer caricato, pois todos sabemos a chuva vem de cima. No entanto, vinda de sul, o tal muro nada ampara e proveniente de norte, protegerá apenas e quando muito… as costas.
Ali, as pessoas têm visibilidade suficiente para verem o autocarro a descer e tempo de sobra para atravessar a rua em segurança.
Fiquem lá os donos do muro em paz e com a sua relíquia.
Também no já citado Caminho do Meio, a norte do Jardim Botânico, junto à entrada para a Doca do Teleférico é igualmente inexistente o necessário abrigo.
Em ambos os casos, estes locais são muito frequentados por residentes e turistas.
Haja vontade, compreensão e… respeito pelo direito dos utentes.
Carlos Ferreira