Madeira

“Carlos Pereira esteve mal e PS-Madeira ainda pior”, critica o Chega

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"O perdão parcial da Caixa Geral de Depósitos ao deputado Carlos Pereira na sequência de um processo de execução a uma empresa da qual o político socialista era avalista está na ordem do dia e é o último exemplo numa longa lista de casos e escândalos que têm dominado a governação do PS", refere o líder do Chega Madeira em comunicado hoje remetido às redacções.

Para Miguel Castro "à semelhança de tantos outros episódios, o caso em torno de Carlos Pereira adicionalmente comprova o desgaste que está instalado no governo de António Costa e a total incapacidade que o mesmo denota em gerir o país, ainda mais numa fase em que as famílias desesperam por respostas eficazes para a crise instalada e para a ameaça real de uma recessão que, a acontecer, irá dizimar a já frágil sociedade portuguesa".    

“Estamos perante mais um episódio de desestabilização, degradação ética e gestão pantanosa, que nos chega pelas mãos do PS, e que denota não só a incompetência com que aquele partido tem gerido a governação nacional, mas também o penoso contributo que tem feito e continua a fazer para a falta de confiança dos cidadãos nas instituições da governação", reforça o dirigente regional do Chega.

Na sua opinião, “independentemente das justificações que possam apresentar para o perdão parcial que o deputado Carlos Pereira recebeu da Caixa Geral de Depósitos, há dois aspectos que são incontornáveis e que espelham a opacidade com que o governo da República e a maioria que o sustenta gerem as suas responsabilidades: por um lado, o perdão que o deputado obteve não é conseguido sem a concordância dos mais altos níveis da administração do banco do Estado, o que revela conluio entre o poder político e a alta finança; em segundo lugar, Carlos Pereira esteve em várias comissões de inquérito, algumas relativas a crédito que a Caixa Geral de Depósitos tinha como malparado, e assinou declarações dizendo que não tinha nenhum interesse na matéria, o que constitui uma violação grave da ética parlamentar e do bom-senso político”, sustenta. 

Segundo Miguel Castro, "estas situações não são admissíveis num país onde a esmagadora maioria das pessoas enfrenta perdas dramáticas no seu poder compra e na qualidade de vida, sendo cada vez mais os casos de pobreza explícita e escondida".

O presidente do Chega Madeira aponta também o dedo à postura do PS-Madeira em todo este caso, "em especial a atitude do seu líder, Sérgio Gonçalves, perante o seu deputado nacional".

“Chega a ser penoso ver a leviandade do PS-Madeira quanto a Carlos Pereira, que chega a roçar na traição política. Independentemente de tudo, estamos a falar de um político com um longo currículo de serviço ao PS, que já foi presidente do PS-Madeira e que conseguiu, quase sozinho, os três lugares que os socialistas conseguiram nas últimas legislativas nacionais. Sérgio Gonçalves parece que se esqueceu disso tudo e preferiu contribuir para o desgaste público de um político a quem os socialistas muito devem. Só por isso, isso é bem revelador da maneira como o PS-Madeira trata os seus e do desnorte que, há muito, está instalado naquele partido”, constata.