Madeira

“Muitas vezes o Estado está a dar com uma mão e a retirar com a outra”

Correcção da base das pensões sem redução da carga fiscal é “uma ilusão e um logro”, diz Albuquerque

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O presidente do Governo Regional considera que será “uma ilusão e um logro” se a correcção da base das pensões, hoje anunciada pelo Ministro das Finanças, durante a apresentação do Programa de Estabilidade 2023-2027, não for acompanhada da diminuição da carga fiscal.

Albuquerque suspeita que esta venha a ser mais uma medida sem efeitos práticos, ao denunciar que “muitas vezes o Estado está a dar com uma mão e a retirar com a outra”.

Depois de registar que esta será a segunda actualização, depois da recente alteração de 1%, que na RAM, terá uma repercussão de cerca de 13 milhões de euros, o que obrigará o Governo Regional “possivelmente a fazer uma alteração orçamental para encaixarmos essa alteração de 1%”, Miguel Albuquerque reforça que importa também assegurar “o crescimento sustentado das pensões” através de políticas ajustadas, ou seja, com menos carga fiscal.

“Só se pode distribuir e reforçar aquilo que se produz. Se não tiver um crescimento robusto da economia está a viver uma ilusão”, começou por apontar e logo acrescentar que o país “o ano passado teve um recorde histórico – não é a Madeira – de impostos ao atingir 36,4% do PIB”, ou seja, “teve a maior carga fiscal de sempre em Portugal e estar a aumentar rendimentos e salários e depois retirar parte desses aumentos através da carga fiscal e da inflação é uma ilusão e um logro”, afirmou.

Segundo o líder madeirense “o que é importante neste momento é Portugal ter uma estratégia de crescimento económico e de redução fiscal a médio e longo prazo, como aliás já devia de ter há muitos anos”, a exemplo do que diz ocorrer na Região, onde a estratégia de redução fiscal é para continuar.