Paraguai regista 90 mortes e mais de 68 mil infecções pelo vírus chikungunya
O número de mortes causadas pelo vírus chikungunya subiu para 90 no Paraguai, onde este ano foram registadas 68.713 infeções, divulgou esta sexta-feira o Ministério da Saúde Pública e Assistência Social.
Doentes com mais de 60 anos e recém-nascidos são as principais vítimas mortais deste vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
Do total de óbitos, 54 eram homens e 37 mulheres, noticiou a agência Efe.
"Os dois extremos da vida são os que têm mais casos registados", sublinhou o diretor-geral de Vigilância em Saúde, Guillermo Sequera, numa conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica do país.
O responsável sublinhou que houve uma "queda muito significativa" de casos no departamento da Central após as férias da Páscoa.
No entanto, Central e Capital, as mais populosas do país, concentram 47% das infeções.
A epidemia de chikungunya, acrescentou Sequera, "espalhou-se" para o interior do país.
Especificamente, um aumento de infeções é relatado nos departamentos de Alto Paraná, Guairá, Paraguarí, Amambay, Caaguazú e Itapúa.
Sequera também alertou para o aumento dos casos de dengue, vírus endémico no país e do qual o Aedes aegypti também é vetor.
Os registos indicam mais de 200 infetados com dengue por semana.
"Ainda há dengue. Existe e [os casos] estão em ascensão", frisou.
Até agora neste ano, as autoridades de saúde somaram 1.925 casos de dengue.
O Paraguai, que está em alerta epidemiológico para chikungunya desde janeiro, detetou o primeiro caso indígena da doença em 2015.