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Divulgado documento que prova alegado perdão de dívida a Carlos Pereira

Reclamação enviada pela própria CGD ao Tribunal do Funchal contradiz versões do deputado do PS e da Caixa

Parlamentar socialista negou as acusações, mas abandonou Comissão de Inquérito à TAP "por dignidade"
Parlamentar socialista negou as acusações, mas abandonou Comissão de Inquérito à TAP "por dignidade", Foto Lusa

De acordo com o Correio da Manhã, a Caixa Geral de Depósitos perdoou uma dívida a Carlos Pereira, na ordem dos 66 mil euros, referente ao crédito de uma empresa na qual era avalista

O Correio da Manhã (CM) na sua manchete deste sábado, 15 de Abril, volta a 'apertar o cerco a Carlos Pereira. "Documento prova perdão a deputado do PS" escreve o matutino, que divulga hoje excertos de uma alegada reclamação enviada pela própria Caixa Geral de Depósitos (CGD) ao Tribunal do Funchal, que contradiz as versões do socialista e da instituição financeira.

Segundo o mesmo jornal, a CGD reclamou dívida de 181.654, mas aceitou o pagamento de 115.946 euros".

A CGD alegava ontem que não houve um perdão de dívida e que foi "totalmente ressarcida" do empréstimo ao deputado do PS Carlos Pereira.

CGD diz que foi "totalmente ressarcida" do capital emprestado ao deputado Carlos Pereira

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse hoje que não houve um perdão de dívida, que foi "totalmente ressarcida" do empréstimo ao deputado do PS Carlos Pereira, que hoje anunciou a sua saída da Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP.

"A CGD confirma que não houve perdão de dívida, pois o acordo foi efetuado pelo valor que, à data, considerou legalmente devido", lê-se numa nota enviada pelo banco público.

A instituição financeira garantiu que, no âmbito do acordo, foi "totalmente ressarcida" do capital emprestado, a que se somaram os juros.

"A CGD esclarece que o crédito resulta do incumprimento de empresa que veio a ser declarada insolvente, cujo processo veio a encerrar por insuficiência de bens, sem qualquer pagamento dos credores", acrescentou, ressalvando que, apesar do sigilo bancário, teve autorização do deputado Carlos Pereira para divulgar a informação.

Carlos Pereira de saída da comissão de inquérito à TAP, segundo a SIC

A SIC está a anunciar, como notícia de 'última hora', que o deputado socialista madeirense Carlos Pereira está de saída da comissão de inquérito à TAP, onde era o coordenador do PS.

Já coordenador do PS na comissão de inquérito à TAP anunciou a sua saída daquele órgão parlamentar para poder dar-lhe a "tranquilidade necessária", acabando com o que considerou um "clima de suspeição", conforme noticia hoje o DIÁRIO.

A decisão surge na sequência de uma notícia avançada na quinta-feira pelo jornal Correio da Manhã sobre um alegado perdão de parte (66 mil euros) de uma dívida de Carlos Pereira enquanto avalista de uma empresa que faliu em 2015.

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Sérgio Gonçalves considera que o alegado favorecimento ao deputado socialista, no perdão de dívida pela CGD, é um "assunto estritamente pessoal"

O deputado socialista disse esperar que, com esta decisão, "se acabe com o clima de suspeição, insinuação, especulação" que considerou andar a pairar sobre a comissão de inquérito à TAP.

Carlos Pereira negou ainda que tenha decidido sair por antecipar um parecer desfavorável da comissão parlamentar de Transparência relativo à sua participação numa reunião com assessores governamentais e a presidente executiva da TAP na véspera de uma audição parlamentar.

O deputado socialista referiu que não o faz porque "houve um perdão de uma dívida" da Caixa Geral de Depósitos, acrescentando na altura que era "falso que tenha havido um perdão", favorecimentos ou incompatibilidades.

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