Biden pede às autoridades dos EUA mais protecção de documentos confidenciais
O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, ordenou ontem que os serviços de informações "protejam ainda mais" os documentos confidenciais, após o caso da fuga de informações classificadas que abalou Washington nos últimos dias.
"Enquanto continuamos a determinar a autenticidade desses documentos, instruí as agências militares e de informações para tomarem medidas para proteger e limitar ainda mais a distribuição de informações confidenciais. A nossa equipa de segurança nacional está a coordenar de perto com os nossos parceiros e aliados", disse o Presidente norte-americano, numa breve comunicação.
Biden também elogiou a investigação ao caso em curso, bem como a resposta rápida das autoridades, perante a fuga dos documentos classificados do Pentágono (Departamento de Defesa norte-americano), alguns dos quais com informação sensível sobre a guerra na Ucrânia.
Na quinta-feira, Biden tinha dito que estava preocupado com a fuga dos documentos, mas que estava ainda mais preocupado com a origem do processo que tinha levado à divulgação das informações, que começaram a surgir nas redes sociais na passada semana.
O principal suspeito da fuga dos documentos militares confidenciais, Jack Teixeira, de 21 anos, membro da Guarda Nacional Aérea de Massachusetts, foi hoje presente a um juiz em Boston e foi formalmente acusado de "retenção e transmissão não autorizadas de informações de defesa nacional" e de "remoção e retenção não autorizadas de documentos ou materiais classificados".
As duas acusações podem implicar uma pena máxima de até 15 anos de prisão. O procurador-geral dos Estados Unidos (cargo equivalente ao ministro da Justiça), Merrick Garland, prometeu requerer "as penas mais pesadas".
Jack Teixeira vai ficar preso preventivamente até à audiência de detenção, na quarta-feira, decidiu igualmente o tribunal federal de Boston.