Madeira

Governo Regional rejeita ideia de que a Madeira tenha excesso de turistas

São vários os argumentos apontados pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura para contrariar a existência de 'Overtourism' na Madeira

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O Governo Regional, através da Secretaria Regional de Turismo e Cultura, rejeita qualquer excesso de turistas na Madeira, colocando, por isso, de parte que se verifique uma situação de 'Overtourism'. 

Num esclarecimento que surge na sequência do enfoque que tem sido colocando no tema da existência ou não de excesso de turismo, a secretaria liderada por Eduardo Jesus lembra que, internacionalmente, foi estabelecido que o apuramento do índice de pressão da actividade turística no território resultaria da relação entre o número de dormidas e a população residente. 

Nesse sentido, "aplicada essa fórmula à realidade Regional, resulta num índice de 38,3 (9,6 milhões de dormidas/250.744 residentes na RAM), admitindo, aqui, o total das dormitas de todo o sector (oferta hoteleira e alojamento local)", sustentam. 

Como exemplos contrários ao que se passa na Madeira, a Secretaria do Turismo aponta Lanzarote (Canárias) e Menorca (Ilhas Baleares), "onde o índice em apreço encontra-se bem acima de 100, nestes casos concretos: 139,4 e 124,9". 

Julga-se que é importante e fundamental, e do interesse comum, ter em conta que a Região Autónoma da Madeira não regista qualquer ameaça da questão em apreço. É importante que se considere os factos que fundamentam esta realidade: não se verifica o fenómeno de 'Overtourism' na Região Autónoma da Madeira. Secretaria Regional de Turismo e Cultura, em comunicado

Além disso, aquele organismos do Governo Regional aponta que a Madeira "é a única região de turismo portuguesa que dispõe de um POT - Plano de Ordenamento do Turismo", salientando que o mesmo "resultou do trabalho de uma equipa formada por profissionais de várias áreas e especialistas na gestão do território". 

Consequentemente, lembra a Secretaria que no POT ficou um limite de 40.000 camas, até ao ano de 2027, situação que, ainda assim, "mesmo que esta oferta hoteleira evoluísse para aquele limite considerado, o índice que resultaria da fórmula em apreço, admitindo a taxa média de ocupação das camas, verificada no ano de 2022 (61,3%), nunca seria ameaçador sob o ponto de vista da consequência para o destino", notam. 

A tutela do Turismo esclarece, também, que, no final do ano passado, "o número de camas existente na oferta hoteleira era de 33.219, logo muito aquém daquele teto estabelecido para a Região". 

Perante estes argumentos, a Madeira "não regista qualquer ameaça da questão em apreço" e "não se verifica o fenómeno de 'Overtourism' na Região Autónoma da Madeira".