Chega apela à dignificação da carreira de bombeiro
"Estamos à beira da época dos fogos e já é mais do que tempo para o governo regional cumprir aquilo que prometeu, trabalhando de forma real na dignificação e valorização profissional da carreira de bombeiro". É desta forma que Miguel Castro encara a actual situação dos bombeiros.
Num comunicado enviado à comunicação social, o líder do Chega-Madeira indica que em Agosto de 2022, o Governo Regional anunciou a criação de um grupo de trabalho que tinha por objectivos elaborar o Estatuto dos Bombeiros Profissionais da Região Autónoma da Madeira, assim como agilizar a apresentação de propostas conducentes à criação e regulamentação do regime laboral e das condições de trabalho e dos bombeiros, das Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários. No entanto, ao chegar a mais uma época de fogos, os "objectivos anunciados pelo governo ainda não foram cumpridos e o grupo de trabalho, apregoado com tanto entusiasmo pelo secretário com a tutela da Proteção Civil, Pedro Ramos, continua sem cumprir o propósito para o qual foi criado, empurrando agora a responsabilidade para as autarquias o que por si só será uma forma de protelar e ganhar tempo".
O partido diz que esta é uma reivindicação justa, antiga e fundamental para os bombeiros, para que vejam garantidas melhores condições de trabalho, eficiência e justiça, "pois é inconcebível, inaceitável e não faz sentido na cabeça de ninguém que pessoas que desempenham exatamente o mesmo trabalho não recebam o mesmo tratamento e as mesmas condições”.
"O governo não pode, constantemente, apontar, prometer, anunciar e, no fim, não fazer nada. Tudo isto é falta de seriedade. Nós sabemos que é essa a maneira de ser e de estar na política do atual governo, mas não podemos aceitar que, à custa da incompetência de quem nos lidera, a equiparação dos bombeiros que exercem funções nas associações de voluntários a bombeiros profissionais ainda não tenha acontecido. Quando consideramos que estão em causa sete das dez corporações de bombeiros que existem no arquipélago, algumas das quais são a primeira linha de defesa do nosso mais importante património ambiental, que é a floresta Laurissilva, é impossível não perceber a amplitude do desleixo do PSD-Madeira, também nesta área", indica o líder regional do Chega.
Miguel Castro acredita que estamos a falar de falta de humanismo por parte do governo liderado por Miguel Albuquerque. "Ao arrastar os pés indefinidamente numa matéria que está diretamente associada à vida pessoal e profissional de homens e mulheres que dedicam todos os seus dias ao serviço à comunidade, à salvaguarda da vida humana e à defesa dos bens e do meio ambiental, o governo regional demonstra bem quais são as suas prioridades políticas. Claramente, não são as pessoas e isso, só por si, deveria fazer corar de vergonha todo este executivo, assim como a maioria parlamentar que o sustenta", atira.
O Chega refere que a Madeira tem uma tradição muito grande no campo do voluntariado e ao adiar estas reivindicações, estamos a tratá-los como profissionais de segunda, abusando dos bombeiros e desprezando os sacrifícios que fazem por todos nós.