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Greve na CP leva à supressão de 61 comboios programados até às 8 horas

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A greve que afeta o serviço da CP -- Comboios de Portugal levou à supressão de 61 dos 253 comboios que estavam programados para o período das 00:00 às 08:00 de hoje, informou a empresa.

De acordo com um balanço da CP à Lusa, neste período circularam 192 comboios tendo sido suprimidos 24,1% dos previstos.

A transportadora precisa que dos 66 comboios regionais previstos não se fizeram 24 ligações e nos urbanos de Lisboa estavam programados 115 e foram suprimidos 26.

Nos urbanos do Porto, estavam previstos para aquele período 52, tendo sido suprimidos seis e nos comboios de longo curso, realizaram-se 11, das 12 ligações previstas.

Até 30 de abril a paralisação na IP e na CP é feita a partir da oitava hora de serviço.

Também até ao final do mês, "na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, estão em greve a partir da sétima hora de serviço".

Até 30 de abril, na IP, "os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço".

Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF - Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB - Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA - Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP - Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas; o SIOFA - Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO - Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF - Serviços Técnicos Ferroviários.

Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) está em greve durante todo o mês de abril, face à "atitude de desconsideração" de que acusa a empresa.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão "aumentos salariais efetivos", a "valorização da carreira da tração" e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.

Ainda reclamada é uma "humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede", um "efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes" e o "reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo".