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Governo diz que portugueses escolheram estabilidade e objectivos têm sido cumpridos

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A ministra da Presidência afirmou hoje que os portugueses votaram na "estabilidade política" e que o Governo tem cumprido "um por um" os objetivos que estabeleceu, depois de questionada sobre declarações de Cavaco Silva.

"Há poucas semanas o Governo completou o primeiro ano desta legislatura, uma legislatura em que o partido que suporta o Governo tem maioria na Assembleia da República, e isso acontece porque os portugueses votaram na estabilidade política e na estabilidade das políticas", afirmou a ministra, depois de referir que o 'briefing' do Conselho de Ministros "não é um espaço de comentário político".

Mariana Vieira da Silva realçou que é nisso que o Governo trabalha diariamente, "para prosseguir o programa do Governo, para cumprir aqueles que são os objetivos".

"E chamo a atenção que em muitos destes objetivos, nomeadamente no peso das exportações no PIB, na redução da dívida, na evolução das contas públicas, no aumento da resposta do SNS, temos cumprido, um por um, aqueles que eram os objetivos que fixámos, e assim continuaremos", elencou.

Na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva foi questionada sobre as declarações do ex-Presidente da República Cavaco Silva, que considerou que a situação política, que classificou há dois meses como "muito perigosa", se deteriorou desde então "muito mais do que antecipava", sem detalhar a que se referia.

A ministra da Presidência referiu que este "é um momento de desafios em Portugal, em todo o mundo, porque ninguém esperava quando em janeiro de 2022 houve eleições, o contexto de guerra em que se ia desenvolver pelo menos o primeiro ano desta legislatura".

"Mas temos procurado sempre responder aos desafios que se colocam diante de nós, cumprindo as nossas preocupações, que é garantir que a economia tem condições para crescer, que todos os desafios que se colocam, nomeadamente o do aumento de custos de energia, tem uma resposta específica, e que temos medidas de política em função de uma boa gestão das contas públicas, capazes de responder àqueles que mais precisam, de proteger os mais vulneráveis e de reforçar a nossa capacidade de resposta de políticas públicas, como na área da habitação, da saúde ou da educação", salientou.

A ministra garantiu que é isso que o Governo está empenhado em fazer e continuará a fazer.

Na quarta-feira, o antigo Presidente da República Estado Aníbal Cavaco Silva foi questionado sobre o que pensava de declarações recentes do atual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, de que não haveria ainda uma alternativa à direita ao atual Governo do PS.

"Há poucas semanas disse que a situação política em Portugal estava muito perigosa. De então para cá, ela deteriorou-se muito mais do que aquilo que eu então antecipava. Neste contexto, entendo que não devo fazer quaisquer comentários", afirmou, sem querer esclarecer, em concreto, a que se referia.