Quem é o Hugo?
Acompanhei a minha filha na que chamo a “silly season number two”. Quando isso acontece raramente sigo a política. É escassa a leitura e a atenção às notícias.
Mas a 2 dias do fim daquele período tento voltar ao mundo real minimamente avisado. Não vá ter acontecido algum evento digno de registo para o qual o meu desconhecimento seria imperdoável. E assim fiz, religuei as notificações e dei conta que “Hugo” aparecia como o nome do momento. Não sabia quem era.
Fui procurar detalhes que me pusessem a par do alvoroço que se vinha a criar em torno daquela designação baptismal, estranha para mim, mas já uma inequívoca estrela no mundo político e mediático.
Meti “Hugo” no Google e logo me apareceu. Só Hugo Boss não era o Secretário de Estado. Na lista não havia lugar para mais nenhum “Hugo” famoso. Quando me preparava para a necessária investigação a inevitável CNN fazia aparecer em legenda que se António Costa soubesse da atrocidade que o personagem cometera teria desde logo mandado demiti-lo. Já não quis saber.
Porque não quero alinhar na mediocridade das polémicas que sistematicamente o executivo nos sugere e distrai conforme o tempo vai passando. O mundo evolui de forma preocupante, o país vai-se mostrando levianamente ingovernável, a vida no geral endurece e torna-se insustentável para muitos e o governo, de folhetim em folhetim, género produção indiana para pior, vai ignorando o padecimento sofredor dos cidadãos entretido com estas charadas de dimensão menor.
Não quero saber quem é o Hugo. Quero é saber como vamos sair disto. Quem nos vai colocar no bom caminho. Para que os portugueses possam acreditar que um dia vão viver melhor.