Polícia deteve 43 mineiros ilegais no nordeste da África do Sul
A polícia sul-africana prendeu 43 mineiros ilegais, incluindo um moçambicano, na província de Limpopo, nordeste do país, que faz fronteira com Moçambique, anunciaram hoje as autoridades sul-africanas.
O grupo de detidos, com idade entre os 18 e 43 anos, integra 41 zimbabueanos indocumentados, um moçambicano e um sul-africano, explicou à imprensa local o porta-voz da polícia, Malesela Ledwaba, acrescentando que os suspeitos enfrentam acusações de mineração ilegal e violação das leis de imigração do país.
O porta-voz da polícia de Limpopo adiantou que as autoridades sul-africanas confiscaram 12 geradores juntamente com equipamento mineiro avaliado em 170.000 rands (8.418,86 euros) e uma quantidade não especificada de crómio, no valor de mais de 1 milhão de rands (49.522 euros).
A província de Limpopo, nordeste da África do Sul, faz fronteira com Moçambique.
A África do Sul, um dos maiores produtores mundiais de ouro, platina, diamantes e carvão, enfrenta atualmente uma crise "sem precedentes" devido à insegurança e o crime organizado, segundo as autoridades sul-africanas e as mineradoras que operam no país.
"A África do Sul tem um em cada quatro adultos desempregados, tem um alto nível de criminalidade, tem fronteiras porosas e há poderosos sindicatos criminosos que estão por trás da mineração ilegal", explicou à Lusa Allan Seccombe, porta-voz do Conselho de Minerais da África do Sul, antiga Câmara de Minas do país.
As mineradoras estimam em "muitos milhares" o número de pessoas envolvidas na mineração ilegal na África do Sul, direta e indiretamente, salientando que estes trabalhadores mineiros ilegais, conhecidos localmente como "Zama Zama", arriscam a sua vida principalmente em poços abandonados, onde por vezes descem até aos quatro quilómetros de profundidade abaixo do solo e onde permanecem por vários dias.