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Plano de Desenvolvimento Pessoal ajuda a recuperar aprendizagens dos alunos

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Os programas "Escola a Ler" e "Planos de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário" foram os mais aplicados este ano pelas escolas, que classificaram como muito relevante o seu impacto na recuperação das aprendizagens perdidas durante a pandemia.

A maioria das escolas e agrupamentos defende que existem programas que fazem a diferença no processo de recuperação das aprendizagens perdidas pelos alunos, destacando os "Planos de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário" e a "Escola a Ler", segundo o relatório agora divulgado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC).

Para mais de 90% das escolas, estas duas iniciativas são "relevantes" ou "muito relevantes" na recuperação das aprendizagens, ao contrário do que acontece com outras ações, como "O Quarto Período -- Mochila Cultural", "Recuperar com Arte e Humanidades" ou "Capacitar para avaliar".

Este ano letivo, as escolas decidiram continuar a implementar as ações previstas no "Plano 21/23 Escola +", que foi criado pelo Governo e lançado em 2021 com um horizonte de dois anos letivos para ajudar os alunos do ensino obrigatório afetados pela pandemia de covid-19, que obrigou ao confinamento dos estudantes e a longos períodos de ensino à distância.

Em média, cada uma das ações do plano de recuperação das aprendizagens "envolveu cerca de 10.500 turmas", havendo grandes disparidades, segundo o terceiro relatório da DGEEC agora divulgado, que tem por base as respostas de 742 escolas e agrupamentos a um inquérito em janeiro.

Por exemplo, "O Quarto Período -- Mochila Cultural" envolveu apenas 499 turmas, enquanto o projeto da "Escola a Ler" chegou a 30.233 turmas.

Vários estudos nacionais e internacionais revelaram que o ensino à distância, que começou a ser implementado em Portugal na primavera de 2020, agravou o fosso entre alunos, tendo um impacto mais negativo junto dos alunos de famílias socio-economicas mais carenciadas e com menos capacidade para apoiar as crianças.

Os diretores das escolas consideram que apenas este ano letivo foi retomada a normalidade nas escolas, recordando que ainda no ano passado, em janeiro de 2022, os alunos tiveram mais uma semana de férias no natal, começando as aulas uma semana mais tarde devido à covid-19.