TAPam-nos os olhos
A TAP tem provocado cenas degradantes. O comportamento político do executivo, como detentor de todo o capital da empresa, deixa sérias incorrecções: a trapalhada da viagem do PR; a reunião da CEO com deputados do PS para preparar a sua audição no Parlamento; a indemnização milionária a Alexandra Reis; a própria presidente da TAP ajustando com escritórios de advogados pagos a peso de ouro! E por aí adiante...
A TAP foi drenada de recursos na gestão privada, tendo, entre outras situações, assinado um contrato para prestação de serviços, no valor de 4,6 milhões de euros - não se sabendo quais...! Há um problema muito sério na gestão da companhia, sendo preciso mudar de agulha, para que fique na esfera pública, com competência.
A Comissão de Inquérito deve esmiuçar o negócio ruinoso, que, Sérgio Monteiro, o secretário dos Transportes, de Passos Coelho fez na altura. Há uma enorme contradição, que este executivo vai concretizar na reprivatização da TAP, depois de nos sangrar (erário público), em 3.200 milhões de euros, para desTAPar a coisa pública limpando-a para a vender a preço de saldo...
A CEO exige um prémio de milhões de euros, à custa, sobretudo, de ter reduzido salários e despedido 2500 trabalhadores! Desgraçadamente, ela ganhando um ordenado chorudo nunca o reduziu, mas cortou nos vencimentos em quem punha e põe os aviões no ar.
Vítor Colaço Santos