Madeira

"Segurança Social mais preocupada com as Estatísticas do que com a realidade das famílias"

Lina Pereira foi a porta-voz de uma acção política junto à Segurança Social

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“Infelizmente, a Segurança Social está mais preocupada com a fotografia e com as manchetes de jornal do que com as famílias madeirenses”. É desta forma que o JPP encara a postura da Segurança Social nas mais recentes notícias publicadas sobre este instituto. O partido "lamentou a postura da Segurança Social ao afirmar que menos famílias estão em situação de carência económica na Madeira”. 

Lina Pereira, numa acção política junto às instalações da Segurança Social, afirma que a notícia trazida a público “demonstra o profundo desconhecimento e até a ignorância” daquele Instituto que deveria “conhecer, como ninguém, a real situação de carência pela qual estão a passar milhares de madeirenses e porto-santenses”. A porta-voz desta acção lembrou que os dados do INE, reforçados pela Rede Europeia Anti-Pobreza, que mostram que a Região tem a maior taxa de risco de pobreza e exclusão social do País, com mais de um quarto da população a receber menos de 550 euros por mês. “Isto sem falar dos milhares de famílias trabalhadoras que, após pagar as suas despesas com casa, créditos, saúde e educação ficam com muito menos do que 550 euros para passar o mês”, referiu.

“Temos um Presidente do Governo que enfia a cabeça na areia afirmando que ninguém na Madeira recebe menos de 550 euros e uma Segurança Social que comunga com esta narrativa e preocupa-se mais com as estatísticas do que com as Pessoa!”, reforçou.

O partido indica que, apenas este ano, em 2023, avançou o primeiro estudo real sobre o fenómeno da Pobreza na Madeira, pelo que, durante décadas, 'empurrou-se o problema com a barriga'. "Se não se conhece a verdadeira situação das famílias, como pode a Segurança Social afirmar que há cada vez menos pessoas em situação de carência na Madeira?”, questionou.

Por outro lado, refere que se aumenta a burocracia, como no caso do complemento regional para os idosos, pese embora o JPP refira que pode indicar muitos outros exemplos. Para o JPP é inadmissível que os idosos para terem direito ao complemento, tenham de tirar o documento da internet, imprimir, preencher e entregar num balcão da Segurança Social: “como pode um idoso que nem sabe utilizar um computador, fazer este pedido? Com um exemplo temos a prova de que as estatísticas da Segurança Social não representam a verdadeira realidade de carência económica por que passam milhares de famílias e isto é,  no mínimo, vergonhoso”.

Para Lina Pereira, “numa governação PSD com mais de 40 anos, onde foi criado um modelo de desenvolvimento social cujo fruto é sermos a Região do Pais com maior taxa de risco de pobreza e exclusão social e onde o custo de vida é o mais elevado do País, como pode Miguel Albuquerque e o PSD manter-se na dianteira dos destinos da Região?”.