Greves na CP suprimem 93 dos 559 comboios programados até às 12 horas
As greves na CP -- Comboios de Portugal levaram à supressão de 93 dos 559 comboios que estavam programados até às 12:00, com maior impacto nos regionais e urbanos de Coimbra.
Segundo o último ponto de situação divulgado pela empresa, até às 12:00 de hoje, foram suprimidos 93 comboios, o que representa 16,6% do total, e efetuaram-se 466.
No serviço regional, estavam programados 135 e efetuaram-se 96, sendo que 28,9% foram suprimidos.
Por sua vez, nos urbanos de Coimbra 26,7% dos 15 comboios programados não foram realizados.
Já nos comboios de longo curso, a percentagem de supressões fixou-se em 9,7%, tendo circulado 28 dos 31 programados.
A CP tinha programados 270 comboios urbanos de Lisboa e efetuou 234, tendo sido suprimidos 36.
No caso dos urbanos do Porto, foram cancelados 11 comboios, enquanto 97 circularam.
Depois de vários dias, a greve na CP e na Infraestruturas de Portugal (IP) é agora a partir da oitava hora de serviço.
Além disso, até final do mês, "na CP, os trabalhadores cujo período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço" e, entre 10 e 30 de abril, na IP, "os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço".
Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF - Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB - Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA - Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP - Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas; o SIOFA - Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO - Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF - Serviços Técnicos Ferroviários.
Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) anunciou uma nova greve na CP, durante todo o mês de abril, face à "atitude de desconsideração" de que acusa a empresa.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão "aumentos salariais efetivos", a "valorização da carreira da tração" e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.
Ainda reclamada é uma "humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede", um "efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes" e o "reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo".