O CDN e os investidores
Já vários reputados nacionalistas vieram a público chamar a atenção que a aposta pelo clube em investidor ou investidores era uma inevitabilidade. Que urgia. Face aos fracos patrocínios conseguidos e o menor apoio público que já acontece há algum tempo.
Para além disso a maioria dos participantes na II Liga, designadamente os que se colocam na primeira metade da tabela, já enveredou por esse trilho, de tal jeito que estão todos bem classificados e a lutar pela subida de divisão.
Tarde, mas mais vale tarde do que nunca, a direção do Nacional entendeu abrir essa possibilidade e colocá-la à apreciação dos sócios, como não podia deixar de ser. Até aqui tudo bem.
E os associados, sensatamente, devem apoiar aquela pretensão. Que só peca por tardia. Com um grande senão. Não pode ser passado nenhum cheque em branco. Isto é, sim à negociação com potenciais financiadores, mas depois tem o corpo directivo a obrigação de trazer à assembleia geral e ao escrutínio e avaliação dos sócios as condições oferecidas pelos interessados. E, então sim, poderá (ou não) acontecer a aprovação final pelo órgão máximo da agremiação alvinegra.
Atrevo-me a considerar que será inapropriada qualquer outra solução que não esta. Acredito que o bom senso prevalecerá e será por aqui que se fará caminho em exclusivo benefício da instituição e salvaguardando sempre e em cada momento a vontade dos que pagam as quotas, os donos do clube.
E faço votos para que seja já com investidor que venha a ser preparada a próxima época para que se possa voltar a aspirar a ter uma equipa condigna com os pergaminhos que granjeou e capaz de recolocar o Nacional no lugar que os adeptos legitimamente ambicionam.