Madeira

"Torniquetes de entrada estão sempre a falhar" no Cabo Girão

As dificuldades com o novo sistema de entrada no ponto turístico têm criado longas filas de espera

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Foto DR

Os comerciantes também reclamam que o pagamento para o acesso ao miradouro também é prejudicial para os seus negócios

O sistema de pagamento para o acesso ao miradouro do Cabo Girão, que entrou em vigor no início desta semana, tem causado vários constrangimentos aos visitantes que por lá passam.

Se nos dois primeiros dias em que as entradas começaram a ser pagas a afluência foi diminuta, devido às condições climatéricas, no dia de hoje em que esteve bastante sol e tempo quente, os visitantes, a grande maioria turistas, compareceram em peso na atração.

Mas, de acordo com um dos guia turístico, os "torniquetes de entrada estão sempre a falhar", o que tem originado longas filas de espera, levando mesmo que em alguns casos as pessoas demorem cerca de 45 minutos para conseguir entrar", disse.

Por sua vez, um comerciante de um dos estabelecimentos lá existentes traça um cenário ainda mais adverso.

Acumulam-se filas, as máquinas não têm troco, os clientes ficam baralhados e nem têm ali ninguém para dar assistência. Muitas pessoas também lá chegam e ao se aperceber que é preciso pagar, desistem e voltam para trás. E isto já para não falar também dos clientes que pagam bilhete, chegam ao miradouro e reclamam que não conseguem ver nada porque está nublado ou nevoeiro Comerciante

E alerta ainda para outra questão relacionada com a capacidade máxima do espaço. "A máquina quando percebe que têm um x número de bilhetes vendidos, por razões de segurança não deixa entrar mais pessoas. Por isso, como é que vão fazer quando lá pararem 10 ou 15 autocarros?", frisou, acrescentando que "são tudo questões que não foram pensadas e que foram feitas em cima do joelho".

Por exemplo, as pessoas que vêm dos cruzeiros, a primeira paragem que fazem é ali no Cabo Girão e chegam com notas de 50 ou 100 euros, mas a máquina não tem troco. É um caos total Comerciante
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Conforme o DIÁRIO fez manchete hoje na sua edição impressa desta quinta-feira, a isenção do pagamento de acesso ao Cabo Girão aos madeirenses arrisca-se a ser ilegal, pois é algo que não é admitido pela legislação. 

Quanto a este assunto, o comerciante também deixa duras críticas.

Há muito a ideia na Madeira que "não há problema, o turista paga". Mas o madeirense não paga, o que já de si é uma ilegalidade grosseira, que é equiparável aos restaurantes terem menu para turista e menu para madeirenses Comerciante

Borla a residentes arrisca-se a ser ilegal

O pagamento para o acesso ao Cabo Girão, ou melhor, a isenção do mesmo para os madeirenses é o assunto da notícia que faz a manchete de hoje do DIÁRIO. O tratamento diferenciado entre locais e não residentes na Madeira no acesso a diferentes atracções turísticas não é admitido pela legislação.

O Governo não quer que as pessoas vão ao miradouro, eles querem é que a meia dúzia que vá lá pague e pronto. E assim, estão a dificultar os nossos negócios