Madeira avança com proposta de Política de Cibersegurança
O Governo Regional da Madeira está a preparar uma proposta de Política de Cibersegurança, avançou esta quinta-feira, 9 de Março, o secretário Regional das Finanças, na sessão de abertura de mais uma edição da C-Days, Cibersegurança, dedicado à prevenção.
De acordo com Rogério Gouveia será submetido ao Conselho do Governo, uma proposta de Política de Cibersegurança, a ser aplicada de forma transversal a todo o sector público regional, assumindo os Serviços de Cibersegurança "o seu papel normalizador e fiscalizador dos controlos técnicos adequados ao ciber-risco que impendem sobre os serviços essenciais, destacando nestes serviços a própria administração pública, a produção e distribuição de eletricidade e água, a Proteção Civil e o Serviço de Saúde, só para citar alguns exemplos”.
O secretário Regional das Finanças assume que “o Governo Regional tem consciência de que com a transição digital e a externalização de serviços, o número de ciberincidentes irá aumentar, acrescendo, ainda, as ameaças decorrentes do contexto geostratégico" pelo que o executivo madeirense compromete-se a fortalecer "a confiança digital, com um ciberespaço mais seguro e resiliente, não só para a administração pública, mas para toda a Região”.
Na sessão de abertura que decorreu no Museu da Imprensa em Câmara de Lobos, participaram também, o secretário de Estado da Digitalização Administrativa, Mário Campolargo e o coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, Lino Santos.
O Plano de Desenvolvimento Económico e Social (PDES) – que define a estratégia de desenvolvimento económico e social da Região Autónoma da Madeira –, estabelece, no âmbito da Transição Digital, que (…) de modo a contribuir subsidiariamente para a capacitação em matéria de protecção da informação estratégica e comercial, bem como da segurança de infra-estruturas críticas e serviços essenciais, é necessário adoptar uma política e uma estratégia para o levantamento das capacidades de cibersegurança, privacidade e proteção de dados pessoais, a concretizar em termos de estruturas eficientes, de processos fundados nas melhores práticas internacionais e no enquadramento de quadros altamente especializados (…). Rogério Gouveia, secretário regional das Finanças
No início deste ano, foram já contratados cerca de 600 mil euros destinados à proteção de perímetro da Administração Pública direta, sendo que antes do final do primeiro semestre, aponta Rogério Gouveia, afirmando que "seguir-se-ão mais investimentos no sector, de que se destaca uma plataforma de correlação de eventos, conhecida como SIEM, que trará inteligência para o processo de detecção e conhecimento situacional, bem como uma plataforma de orquestração, que permitirá uma melhor resposta operacional e táctica".