Madeira

Albuquerque pede mudança de paradigma em relação às RUP

O presidente do Governo Regional não poupou nas críticas ao Estado na falta de apoio na ‘fuga’ às suas obrigações para com as regiões autónomas

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Foto Helder Santos/ASPRESS

Foi com um tom de crítica que Miguel Albuquerque defendeu que as Regiões Ultraperiféricas (RUP) devem ser encaradas como uma “mais-valia” para os Estados-membro e não como ‘um peso’, devendo ser aproveitado o seu potencial geopolítico e o seu contributo para uma afirmação física no mundo enquanto potência.

O presidente do Governo Regional falava na sessão de abertura do 1.º Encontro Interparlamentar, que junta, no Salão Nobre da Assembleia Regional, os eurodeputados e os parlamentares madeirenses do PSD, apontando as razões que, no seu entender, fazem das RUP um “ónus” para a União Europeia.

Nesse âmbito, destacou o contributo destas regiões para uma presença europeia no Atlântico, nas Caraíbas ou na América do Sul, com a consequente importância comercial que isso representa. Além disso, Albuquerque notou o facto de 90% da biodiversidade europeia provir das RUP, factor essencial do ponto de vista científico. O mar, como uma das mais importantes riquezas logo após as pessoas, foi outro dos aspectos destacados pelo líder do executivo madeirense, reforçando a sua importância na afirmação da Europa na sua plataforma continental, que só pode ser feita através da sua condição ultraperiférica.

Por estas razões, Miguel Albuquerque entende que o custo político de a Europa ter esta possibilidade de afirmação é “residual”, relativamente ao seu retorno.